Nesta quarta-feira (8), autoridades americanas reafirmaram compromissos assumidos pelos Estados Unidos durante a viagem do presidente Jair Bolsonaro (PSL) a Washington em março.
Apesar de ter vetado a entrada de novos membros na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o presidente Donald Trump notificou o Congresso americano nesta quarta-feira (8) sobre sua intenção de designar o Brasil como “Aliado Importante Extra-OTAN”. Já a subsecretária de Estado para o Hemisfério Ocidental, Kimberly Brian, afirmou pelo Twitter que o país ainda apoia a entrada do Brasil na OCDE, o clube dos países ricos.
“Estou fazendo essa designação em reconhecimento aos compromissos recentes do governo brasileiro de aumentar a cooperação em defesa com os Estados Unidos e em reconhecimento de nosso próprio interesse nacional em aprofundar nossa coordenação em defesa com o Brasil”, diz Trump em comunicado divulgado pela Casa Branca.
A designação de “Aliado Importante Extra-OTAN” é um status preferencial de relacionamento com os Estados Unidos que não guarda relação com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) nem impõe obrigações sobre o Brasil, mas cria algumas facilidades de relacionamento com os Estados Unidos. O presidente precisa notificar o Congresso americano 30 dias antes da designação oficial.
Já em relação à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a subsecretária de Estado americana afirmou que “os Estados Unidos apoiam que o Brasil dê início ao procedimento de entrada para tornar-se membro pleno da OCDE. De acordo com a declaração conjunta dos presidentes, nós saudamos as reformas econômicas, as melhores práticas e um marco regulatório do Brasil alinhando com os padrões da OCDE”.
As declarações vieram um dia depois que o jornal Valor Econômico afirmar que a delegação americana na OCDE não fez qualquer modificação formal em sua posição – até o momento, os Estados Unidos apoiavam a entrada da Argentina.
A organização conta hoje com 35 membros e vive um impasse porque setores do governo americano avaliam que ela está inchada demais, mas os europeus condicionam a entrada de países americanos à entrada de igual número de nações europeias.
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