Com exceção do ministro Paulo Guedes, da Economia, muitos brasileiros podem ter ficado surpresos com o apoio do Estados Unidos para o ingresso de Argentina e Romênia ao “clube dos ricos”, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Depois de o presidente americano Donald Trump ter se comprometido a apoiar a candidatura brasileira à organização, quando Jair Bolsonaro (PSL) o visitou nos Estados Unidos, foi um pouco frustrante o anúncio de endosso a outros países.
Mas a quantas anda a economia dos indicados? Enquanto os argentinos estão na iminência de quebrar mais uma vez, a economia romena, ex-república comunista, não é muito comentada por aqui.
De acordo com Guedes, que disse já saber da rejeição, a escolha teria sido tomada por uma questão estratégica, de timing, quase que um respeito em relação a uma “ordem na fila”. Uma autoridade americana disse à agência Bloomberg que os EUA priorizam as candidaturas da Argentina e da Romênia devido aos esforços desses países em realizar reformas econômicas e o comprometimento deles com o livre mercado.
Na quinta-feira, Trump escreveu no Twitter que o artigo é "fake news" e que a declaração em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro assinada em março deixa "absolutamente claro que eu apoio que o Brasil inicie o processo para se tornar membro integral da OCDE".
O Fórum Econômico Mundial divulgou a última edição de seu ranking de competitividade global nesta quarta-feira (9) e os dados ajudam a comparar as economias de Brasil, Romênia e Argentina. No ranking global, liderado por Singapura, a Romênia aparece na 51ª colocação, bem à frente do Brasil, o 71º colocado, e da Argentina, que está na 83ª posição. O documento avalia a situação de 141 países, e é um indicador que avalia o conjunto de fatores que determinam o nível de produtividade de uma economia.
Para compor o indicador final, são avaliados 12 pilares: instituições, infraestrutura, adoção de tecnologia da informação, estabilidade macroeconômica, saúde, habilidades, economia de mercado, mercado de trabalho, sistema financeiro, tamanho do mercado, dinamismo nos negócios e capacidade de inovação. Em cada uma dessas vertentes, são analisados outros microdados e atribuídas notas que vão de 0 a 100 – quanto mais alta a nota, melhor.
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