Ao ser ouvido na CPI das ONGs no Senado Federal, na última terça-feira (29), o antropólogo Edward Mantoanelli Luz disse que as “ONGs são pagas para fazer vingança indígena contra o Brasil”. Em sua exposição, Mantoanelli apresentou uma série de dados históricos que colocam as organizações no centro de um esquema que envolve instituições internacionais e órgãos brasileiros ligados à chamada “causa indígena”.
Entre 2003 e 2008, Mantoanelli trabalhou na Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) como coordenador de grupo de trabalho de identificação e delimitação de 8 terras indígenas no estado do Amazonas.
“As ONGs se articularam para fazer uma retomada de áreas produtivas do Brasil. São pagas para fazer uma espécie de vingança contra a nossa capacidade de desenvolvimento [...] É por isso que eles querem tanto derrubar o Marco Temporal. A proposta nunca foi demarcar terras indígenas tradicionalmente ocupadas, mas retomar todas as áreas que um dia foram territórios tradicionais indígenas. Essa é a utopia”, disse o antropólogo.
Mantoanelli apresentou fotos e relatou casos em que foram criadas “aldeias artificiais” para justificar a posterior demarcação das terras sob o argumento de que os locais eram territórios tradicionais indígenas.
Em alguns desses casos, segundo os dados apresentados pelo antropólogo, não havia população indígena até o início dos anos 2000 e, portanto, em tese, não justificaria a demarcação das terras.
Em seu relato, Mantoanelli cita princalmente a atuação da ONG Centro de Trabalho Indigenista (CTI), cujos integrantes ocupam ou já ocuparam cargos importantes da Funai.
Mantoanelli também relatou pressões e perseguição de colegas de profissão e professores por conta de suas posições contrárias à militância.
Veja o depoimento do antropólogo na íntegra.
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