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Discurso na Assembleia Geral

ONU: Lula deve se esquivar de indagações sobre queimadas e cobrar países desenvolvidos

Lula na ONU
Lula durante discurso na Assembleia Geral da ONU, em 2023. Neste ano, participação do petista no evento é marcada por queimadas no Brasil (Foto: Ricardo Stuckert/Secom)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa, na próxima semana, da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em seu discurso, o petista deve manter a narrativa por cobrança a países desenvolvidos em projetos de preservação em nações em desenvolvimento, enquanto evita questionamentos sobre as queimadas que assolam o Brasil.

"Como já tem sido enfatizado, o que a gente tem visto no Brasil tem uma relação muito grande com eventos climáticos extremos", justificou o o embaixador Carlos Márcio Bicalho Cozendey à imprensa quando questionado sobre a postura que o Brasil deve adotar sobre a crise climática no país.

Cozendey afirmou ainda que o mandatário brasileiro deve "devolver" tais cobranças para os países desenvolvidos. "Nesse sentido, acho que é o contrário: você vai levar [a questão] para o cenário internacional e dizer que é preciso atuar e agir rapidamente porque vejam só o que está acontecendo no Brasil", declarou.

Desde que retornou ao Planalto, em 2023, Lula tem utilizado a pauta ambiental para inflar sua narrativa em busca de protagonismo sobre o tema. Em seus últimos discursos em organismos internacionais, Lula cobrou mais investimentos dos países ricos para a preservação ambiental e transição energética.

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Nos últimos meses, contudo, a gestão petista tem se mostrado ineficaz no que diz respeito ao combate às queimadas que têm assolado o país de norte a sul. Apesar de não conseguir mostrar efetividade na resolução da crise climática que o Brasil tem enfrentado, Lula não abre mão do discurso por liderança ambiental.

Durante sua passagem por Nova York, Lula deve deixar de lado as crises internas e tentar ecoar a agenda brasileira no G20, bloco das maiores economias do mundo que o Brasil preside neste ano. A presidência brasileira no órgão tem sido ofuscada por deslizes de Lula na política externa e não tem tido o resultado esperado.

Lula em Nova York

A comitiva brasileira viaja para Nova York nesta semana. Nos dias 22 e 23, Lula mantém agendas no âmbito da Cúpula do Futuro, que pretende estabelecer compromissos com os países com foco no multilateralismo. Já no dia 24 participa da Assembleia Geral da ONU e faz o discurso de abertura da cúpula.

Ainda no dia 24 o mandatário brasileiro tem agendas bilaterais e se reúne com o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres. No mesmo dia, Lula vai copresidir, ao lado do premiê da Espanha, Pedro Sanchez, uma mesa redonda para discutir a democracia e o combate ao extremismo.

No dia 25, o petista realiza uma agenda do G20 no âmbito das Nações Unidas. Agenda é voltada para o grupo, mas poderá contar com a participação de todos os países-membros da ONU que tiverem interesse em participar. No encontro, o Brasil deve reforçar sua agenda como presidente do bloco e reiterar pautas lançadas pelo país, como a Aliança Global Contra a Fome.

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