Um grupo de 33 brasileiros que estava na Cisjordânia foi resgatado na manhã desta quarta (1º) como parte da operação Voltando em Paz, que repatriou cidadãos de Israel em meio à guerra contra o Hamas, desde o dia 7 de outubro. Ao todo, a ação resgatou 1.446 pessoas.
A operação desta quarta (1º) foi comandada pelo embaixador Alessandro Candeas, da Representação Brasileira em Ramala, e envolveu três veículos que passaram por 11 municípios da Cisjordânia até a cidade de Jericó. A região também está envolvida no conflito com Israel, com protestos diários contra os bombardeios à Faixa de Gaza.
“Os veículos foram identificados com a bandeira do Brasil. Para fins de segurança, as placas, trajetos e listas de passageiros foram informados às autoridades da Palestina e de Israel”, disse Candeas.
Após passarem por Jericó, os passageiros foram levados à fronteira com a Jordânia e até a capital, Amã, onde foram embarcados em um avião da Presidência da República. O destino final dos passageiros são 10 cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
A previsão é de que o voo pouse na Base Aérea de Brasília na madrugada desta quinta (2).
Por outro lado, outro grupo de 34 pessoas entre brasileiros e parentes diretos ainda aguarda a autorização dos governos egípcio e israelense para sair da Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito. Outro voo da Força Aérea Brasileira está de prontidão no aeroporto do Cairo aguardando a liberação dos cidadãos.
Havia a expectativa de que o grupo poderia sair de Gaza nesta quarta (1º), mas apenas 450 estrangeiros feridos foram autorizados a deixarem o território para serem tratados em hospitais egípcios. Candeas disse esperar que novas listas incluam brasileiros aguardando repatriação.
Segundo o embaixador brasileiro no Egito, Paulino de Carvalho Neto, há um acordo para que sete mil estrangeiros deixem Gaza, e a expectativa é de que brasileiros saiam do território entre quinta (2) e sexta (3).
"Há a previsão de que eles possam sair em uma segunda etapa. Temos expectativa, estamos trabalhando nesse sentido para que os brasileiros e de outras nacionalidades junto deles possam sair. Mas, isso é uma expectativa, não é uma certeza ainda", disse Carvalho Neto à TV Globo pouco antes de sair para uma reunião com autoridades egípcias para tratar da retirada de brasileiros em Gaza pela fronteira do país.
Desde o início do conflito em 7 de outubro, após os ataques terroristas do Hamas contra Israel, mais de 9 mil pessoas morreram entre palestinos e israelenses. Pelo menos cinco resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) foram propostas e rejeitadas por poucos votos de membros com poder de veto.
O Brasil presidiu o colegiado ao longo do mês de outubro sem conseguir estabelecer um consenso entre todos os membros, mas conseguiu a maior votação de uma proposta com 12 votos a favor, duas abstenções e apenas um contra – dos Estados Unidos, que rejeitou por alegar que o documento não expressava o direito de defesa de Israel.
O ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores, expressou frustração pela dificuldade e disse que o órgão está “falhando vergonhosamente” em acabar com a guerra.
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