A Polícia Federal cumpriu seis mandados de busca e apreensão nesta terça (25) contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à invasão ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) através do aplicativo e-Título, de uso dos eleitores.
Segundo a autoridade, os mandados foram cumpridos nas cidades de Belo Horizonte, São Paulo, São Miguel do Gostoso (RN) e Maracanaú (CE).
Os suspeitos, diz a PF, foram responsáveis pela utilização ilícita do aplicativo e-Título para a inscrição eleitoral em nome de pessoas públicas.
“O TSE detectou o problema e identificou 158 registros de irregularidades realizadas por meio do aplicativo, de características diversas, que vão desde a emissão de título de eleitor até a inscrição como mesário voluntário, em nome das vítimas”, disse a autoridade em nota.
A investigação, diz, agora segue para esclarecer qual era a motivação e o objetivo dos investigados com a invasão dos sistemas do TSE.
Ainda de acordo com a PF, os investigados devem responder pelo crime de invasão de dispositivo informático.
Durante o primeiro turno da eleição municipal de 2020, em 15 de novembro, dois hackers foram identificados tentando invadir o sistema do TSE através do e-Título, alterando uma das funcionalidades e bloqueando o campo da justificativa por meio de georreferenciamento.
Na época, o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, disse que houve uma “tentativa de simultaneamente ter uma grande quantidade de pessoas entrando para derrubar o sistema. Isso foi neutralizado pelo TSE com o auxílio das empresas de telefonia”.
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