O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) classificou a operação desta quinta (25) contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-SP) como uma “implacável perseguição”. Pela manhã, o parlamentar foi alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal por suspeita de participar de um suposto esquema de espionagem ilegal de autoridades pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
A declaração de Bolsonaro foi dada durante uma live em uma lista de transmissão no WhatsApp em que compartilhou um vídeo de Ramagem se defendendo das suspeitas, gravado no ano passado durante a operação Última Milha, que deu origem à ação desta quinta (25).
“Perseguição implacável” contra o aliado, disse Bolsonaro segundo registra o site Metrópoles.
Ramagem foi alvo dos mandados em seu gabinete na Câmara dos Deputados e no apartamento funcional em Brasília. Ele era diretor da Abin durante o governo de Bolsonaro, em que o programa supostamente espião teria sido utilizado até 2021, quando foi desativado.
O deputado disse, em outubro do ano passado, que determinou uma auditoria no contrato do programa quando assumiu o cargo de diretor da Abin em 2019, e que as informações levantadas pela análise levaram à operação.
O programa FirstMile foi comprado pelo governo no final da gestão de Michel Temer (MDB) e, segundo as investigações, teria monitorado aparelhos celulares e tablets de autoridades como políticos e juízes sem autorização judicial.
A oposição afirma, no entanto, que a operação desta quinta (25) é mais uma ação política com o intuito de atingir aliados ao ex-presidente que vão concorrer a prefeituras nas eleições municipais deste ano, como Ramagem ao Rio de Janeiro e Carlos Jordy (PL-RJ) em Niterói. Este segundo foi alvo de uma ação na semana passada no âmbito das investigações dos atos de 8 de janeiro de 2023.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião