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“Propósito malicioso”

“Oportunistas” tentam associar atentado no STF a Bolsonaro e à direita, diz Eduardo

“Oportunistas” tentam associar atentado a Bolsonaro, diz Eduardo
Eduardo Bolsonaro disse ainda que há uma "distorção inaceitável dos fatos" pela esquerda com o "propósito malicioso" de barrar o PL da anistia. (Foto: EFE/ Joédson Alves.)

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou nesta sexta-feira (15) o uso político do atentado ocorrido na praça dos Três dos Poderes. O parlamentar considera que há uma “tentativa de manipulação” para vincular o episódio ao seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e à direita.

Em nota divulgada no X, assinada por ele como secretário de Relações Institucionais do PL, Eduardo citou ainda a existência de um “propósito malicioso” de usar o atentado para atrapalhar a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

“Essa tentativa de manipulação revela não apenas uma distorção inaceitável dos fatos, mas também o propósito malicioso de atrapalhar o andamento do Projeto de Lei da Anistia, um passo essencial para a pacificação nacional e o restabelecimento da normalidade institucional no país”, diz o comunicado.

Na noite de quarta (13), o chaveiro Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiu França, explodiu artefatos em frente ao edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Também foi registrada uma explosão em um carro estacionado perto do Anexo 4 da Câmara dos Deputados.

O homem, de 59 anos, morreu próximo à estátua “A Justiça” após detonar outro artefato. Ele foi candidato a vereador pelo PL no município de Rio do Sul (SC), em 2020, mas não chegou a ser eleito. Para Eduardo, a ação do chaveiro foi um “trágico suicídio” e não um ataque aos Três Poderes.

No entanto, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, afirmou que as investigações preliminares indicam que o homem pretendia “matar ministros da Suprema Corte”. O atentado é investigado como possível ato de terrorismo e um ataque ao Estado Democrático de Direito.

Segundo a ex-mulher de Wanderley, ele planejava o atentado há muito tempo com o objetivo de matar o ministro Alexandre de Moraes e “quem estivesse perto” no momento. Ela afirmou à PF que o chaveiro “só falava de política” e ficou obcecado com o ataque ao magistrado desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou a eleição, em 2022.

Eduardo diz que esquerda tenta usar "incidente" contra oposição

Na manifestação, Eduardo apontou que Wanderley “expressou claramente sua rejeição” tanto a Bolsonaro quanto a Lula em mensagens nas redes sociais, assim como “profundo descontentamento com a polarização política no país”.

O deputado considera que a “tentativa de instrumentalização” do caso pela esquerda “revela uma preocupante falência moral” com o objetivo de “explorar o incidente para alcançar seus objetivos políticos e tentar justificar perseguições e abusos contra a oposição”.

Ele citou ainda que o autor das explosões era uma “indivíduo com claros distúrbios mentais que tragicamente tirou a própria vida”.

“Esse uso oportunista dessa tragédia, sem qualquer empatia pela dor de uma família que acaba de perder um ente querido e pelo choque de milhões de brasileiros, é um reflexo preocupante de um discurso político que perdeu o contato com o respeito e com a dignidade”, disse Eduardo Bolsonaro em nome do PL.

Veja a íntegra da nota divulgada por Eduardo Bolsonaro

“O Partido Liberal (PL), por meio de seu Secretário de Relações Institucionais, Deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), repudia as narrativas falsas e oportunistas que buscam, de maneira precipitada e irresponsável, vincular o trágico suicídio ocorrido hoje na Praça dos Três Poderes ao ex-presidente Jair Bolsonaro e à direita brasileira.

Essa tentativa de manipulação revela não apenas uma distorção inaceitável dos fatos, mas também o propósito malicioso de atrapalhar o andamento do Projeto de Lei da Anistia, um passo essencial para a pacificação nacional e o restabelecimento da normalidade institucional no país. Vamos aos fatos:

  1. Conforme o relato de autoridades policiais e de testemunhas presentes, o ocorrido foi um ato de suicídio – não uma tentativa de ataque aos Poderes Constituídos.
  2. O responsável pelo incidente teve uma candidatura mal sucedida em 2020, por uma chapa composta pelo PDT e PL, em um período no qual o Presidente Bolsonaro sequer estava filiado ao PL.
  3. Além disso, em mensagens publicadas em suas redes sociais, o autor expressou claramente sua rejeição tanto ao Presidente Bolsonaro quanto ao Presidente Lula, e demonstrou profundo descontentamento com a polarização política no país.

A tentativa de instrumentalização de uma tragédia desta magnitude pela esquerda para fins políticos revela uma preocupante falência moral, evidenciando a falta de compaixão daqueles que, mesmo diante de um indivíduo com claros distúrbios mentais que tragicamente tirou a própria vida, optam por explorar o incidente para alcançar seus objetivos políticos e tentar justificar perseguições e abusos contra a oposição.

Esse uso oportunista dessa tragédia, sem qualquer empatia pela dor de uma família que acaba de perder um ente querido e pelo choque de milhões de brasileiros, é um reflexo preocupante de um discurso político que perdeu o contato com o respeito e com a dignidade.

A sociedade brasileira merece um debate verdadeiro, justo e baseado na realidade dos fatos. Manipular eventos trágicos para tentar minar um projeto de reconciliação nacional é um ato de desonestidade que o Partido Liberal condena veementemente. Em um momento em que o Brasil precisa de união, a verdade deve sempre prevalecer sobre interesses políticos mesquinhos e divisivos.

Deputado Eduardo Bolsonaro
Secretário de Relações Institucionais e Internacionais do Partido Liberal”.

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