Assim como na audiência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a sessão de leitura da relatoria da reforma da Previdência na Comissão e Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados foi marcada por confusões. Antes da apresentação do relator da reforma na CCJ da Câmara, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), houve bate-boca entre governo e oposição.
O deputado Eduardo Bismarck (PDT-CE) acusou o colega delegado Waldir (PSL-GO) de estar armado. Antes, a líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), discutiu com a deputada Maria do Rosário (PCdoB-RS).
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No momento mais tenso, em que houve a suspeita da presença de arma, a sessão acabou sendo interrompida por 10 minutos pelo deputado Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da comissão. "Isso aqui não é uma rinha de galo", bradou Francischini. Alguém gritou: "Fecha a porta. Não deixa ninguém sair, presidente".
Waldir, porém, mostrou a um jornalista que não estava armado: ele 'apenas' levava um coldre na cintura.
Veja o momento da confusão:
Antes, Maria do Rosário (PCdoB-RS) acusou Joice Hasselmann (PSL-SP) de a estar filmando. Joice não é membro da CCJ, mas sentou ao lado do presidente da comissão, causando indignação na oposição.
"Estou como vice-líder do PSL e assim como outros deputados estou ocupando o espaço na mesa. Dois lugares foram oferecidos para a oposição, que ficou apenas gritando", afirmou Joice.
Objetivo da sessão
A sessão da CCJ é para a leitura do parecer pela admissibilidade ou não do texto da reforma da Previdência. Não há análise de mérito nesta etapa. Com isso, a comissão não pode fazer alterações no conteúdo do texto, como propor mudanças nas idades mínimas.
Mesmo assim, a oposição entrou com diversos pedidos de ordem e requerimentos para atrasar a leitura do relatório. Após mais de quatro horas de sessão, o documento ainda não havia sido lido pelo relator.