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Preso desde janeiro de 2023

Oposição cobra reparação a Anderson Torres após arquivamento de inquérito no MPF

O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, continua sendo investigado criminalmente, com a ação tramitando no STF sob a relatoria do ministro Alexandre Moraes (Foto: Renato Alves/Agência Brasília.)

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Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro de 2023 por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em maio, a sua prisão foi convertida em “medidas alternativas” mediante o uso de tornozeleira eletrônica.

Além de Torres, também foram beneficiados pela decisão o governador Ibaneis Rocha (MDB-DF); o ex-comandante da PM, Fábio Augusto Vieira; o coronel Jorge Eduardo Barreto Naime, que comandava o departamento de operações da PM-DF; o coronel Klepter Rosa Gonçalves e a subsecretária de inteligência da secretaria de segurança pública do DF, Marília Ferreira de Alencar.

No caso de Torres, o procurador Carlos Henrique Martins Lima, responsável pelo caso, concluiu que não houve dolo na conduta e destacou a falta de meios suficientes para impedir as consequências da manifestação que culminou com a invasão e depredação das sedes dos três poderes.

O ex-ministro continua sendo investigado criminalmente, com a ação tramitando no STF sob a relatoria de Moraes.

“Quem vai reparar toda a injustiça que foi feita contra o Anderson?”, questionou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (1).

"Prendem, expõe, família sofre, humilham, rotulam, torturam, destroem e depois: não encontramos provas. brasil hoje é um estado juristocrático ditatorial, a serviço da quadrilha que tomou o poder com a mão amiga dos que declaram 'nós vencemos o bolsonarismo' e 'missão dada é missão cumprida'", disse o senador Jorge Seif (PL-SC) pela rede social X.

Ao repercutir o caso, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) lembrou que o ex-ministro “ficou preso por 4 meses e ainda usa tornozeleira eletrônica”.

O advogado e amigo da família Bolsonaro, Fabio Wajngarten, relatou ter mandado mensagem para Torres no dia 8 de janeiro de 2023 advertindo que ele seria responsabilizado pelos atos de vandalismo.

“Lembro-me como se fosse ontem do 8/1, fazia churrasco na praia, em casa, com minha família. Lembro-me, quando assistindo pela TV os lamentáveis atos depredatórios, liguei ao Min. Anderson, não falava com ele há semanas. Questionei-o: Ministro, onde o sr. está? Ministro, o sr. está vendo a TV? Faça uma nota ou um tweet imediatamente, vai cair no seu colo. Mais de 100 dias preso. Longe da família, longe de sua vida. A justiça tarda, mas ainda respira, por aparelhos”, escreveu Wajngarten em seu perfil na rede social X.

“Quem pagará por tamanho prejuízo na vida de Anderson Torres? [...] Esse é o padrão na democracia relativa brasileira. Opositores são humilhados em praça pública sem qualquer prova. No fim das contas, a verdade prevalecerá”, disse a deputada Júlia Zanatta (PL-SC).

Na mesma linha de Garcia, o deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) disse que “depois de prenderem e destruírem a vida do Anderson Torres, descobriram o que a maioria sempre soube”.

“Jogaram-no na cadeia, devassaram sua vida, destruíram sua saúde física e mental, e abalaram sua família. Anderson Torres sofreu tudo isso para que encontrassem absolutamente nenhuma prova contra ele no âmbito civil. O mesmo virá em âmbito criminal, pode anotar”, escreveu o vereador de São Paulo, Fernando Holiday, na rede social X.

O jornalista e ex-deputado, Paulo Martins, disse que a verdade apareceu depois que destruíram a vida do ex-ministro.

“E quem vai reparar toda a injustiça sofrida por Anderson e sua família?”, questionou o deputado federal Mario Frias (PL-SP).

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