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Pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes precisa ser pautado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco
Pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes precisa ser pautado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso criticou, nesta sexta-feira (30), a ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para derrubar o X, de Elon Musk, no Brasil. Parlamentares também cobraram o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para que analise pedidos de impeachment contra Moraes.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu a eleitores que não votem em candidatos que não respeitem a liberdade de expressão. “Tiranos querem transformar o Brasil em outra ditadura comunista, mas nós não vamos retroceder. Repito: não votem em quem não respeita a liberdade de expressão. [George] Orwell estava certo”, disse Nikolas em uma publicação em inglês no X.

A também deputada Carla Zambelli (PL-SP) responsabilizou Pacheco pelo que classificou como “barbaridades que estamos testemunhando contra a nossa Constituição”. Cabe ao presidente do Senado dar andamento a pedidos de impeachment contra ministros do Supremo. A parlamentar também convocou apoiadores para os protestos marcados para o dia 7 de setembro.

No último dia 23, Pacheco afirmou que não será pressionado a abrir um processo de impeachment contra Moraes. Ele defendeu que é necessário “prudência” para analisar esses pedidos para evitar a “esculhambação” do país. Na ocasião, o senador disse ainda que, neste momento, aqueles que pedem o impeachment de Moraes parecem querer lacrar e conseguir engajamento nas redes sociais.

A deputada Bia Kicis (PL-DF) lembrou que já foi multada e teve uma publicação removida do X durante o período eleitoral. Para Kicis, “a direita não pode fazer campanha livremente no Brasil”.

O senador Carlos Portinho (PL-RJ) disse que o Brasil vive “grave a ditadura da caneta” e também cobrou o presidente do Senado. “Não é sobre fulano A ou B. É sobre o seu Direito Constitucional. Não há outro caminho para restabelecer o mínimo da normalidade democrática e o respeito à Constituição. Rodrigo Pacheco: receba e abra o impeachment!”, afirmou.

A deputada Julia Zanatta (PL-SC) lembrou que a decisão de Moraes prevê multa diária de R$ 50 mil a usuários que tentaram burlar o bloqueio do X utilizando VPN. “Não basta suspender o X no Brasil, Alexandre de Moraes agora quer multar em 50 mil quem usar VPN para acessar o X/Twitter”, disse.

O senador Jorge Seif (PL-SC) citou os países que já baniram a plataforma, como Rússia, Irã, Coreia do Norte, Venezuela e China. “É inaceitável, sob qualquer pretexto, que o Poder Guardião da Constituição silencie a voz de seu povo ao suspender o X. O motivo? Não obedecer ordens inconstitucionais”, afirmou Seif.

“A liberdade de expressão é um pilar inegociável da democracia e do Estado de Direito. Qualquer tentativa de censura fere a Constituição e o direito sagrado de opinião política.
Autoritarismo e tirania não têm lugar em uma sociedade livre. Levante-se Senado! Acorda Brasil!”, acrescentou.

Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o “ódio contra Elon Musk é porque ele foi o único dono de rede social que expôs como funcionava a máquina sigilosa de censura brasileira”.

Já senadora Damares Alves (Republicanos-DF) fez um apelo aos “colegas senadores” para que “entendam que o ilustre ministro já passou de todos os limites”. "E agora as atitudes do Ministro não podem ser preocupação apenas da direita, o que ele está fazendo é um atentado contra a democracia contra toda uma Nação. A Suprema Corte do Brasil está envergonhada e desacreditada no mundo inteiro”, disse a senadora.

“Atenta contra a democracia quem impõe censura ou quem questiona decisões arbitrárias? Senhores colegas parlamentares, vejam a que ponto chegamos”, concluiu Damares.

Na mesma linha, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) afirmou que Moraes, “ao decidir tirar o X do País, toma a mais torpe, abusiva e anticonstitucional decisão já produzida no Brasil”. “Os demais ministros e o Congresso Federal não podem se calar, pois se assim o fizerem serão cúmplices deste lastimável episódio da pseudodemocracia brasileira”, acrescentou Mourão.

Moro afirma que decisão de Moraes "não é compatível" com um país democrático

O senador Sergio Moro (União-PR) também criticou a decisão de Moraes e afirmou que ela não é "não é compatível com o regime de um país liberal e democrático" e que fragiliza o Brasil perante a comunidade internacional.

“Prejudicar 20 milhões de usuários da rede social X não é compatível com o regime de um país liberal e democrático. Decisão inaceitável que nos fragiliza inclusive perante a comunidade internacional”, disse Moro.

Para o senador Eduardo Girão (Novo-CE), trata-se de mais uma "decisão absurda de censura", que reforça mais ainda o impeachment de Moraes. Na visão de Girão, o ministro do STF quer se autoproteger de críticas de outros membros da Suprema Corte, e "contando com a covardia do Senado Federal".

"Ninguém aguenta mais tanta opressão de um sistema apodrecido e ditatorial. Não é a toa que os brasileiros voltarão às ruas de todo o país no dia 7 de setembro", reforçou o senador.

A decisão de Moraes é um "ato de tirania, não de justiça", segundo o senador Magno Malta (PL-ES). "A suspensão parece basear-se em ordens pessoais do ministro, que considero ilegais, e não em qualquer lei vigente. Portanto, essa medida representa um ataque direto à democracia e à liberdade de expressão, colocando o Brasil ao lado de regimes autoritários como o Irã, a China e a Rússia", declarou.

O deputado Luiz Philippe De Orléans e Bragança (PL-SP) disse que “há 3 entidades que estão entregando o país para a tirania do judiciário e ditadura da esquerda: Centrão, Centrão e o Centrão”.

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