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Conflito no Oriente Médio

Oposição critica silêncio de Lula e tom do Itamaraty sobre ataque do Irã a Israel

Lula e Mauro Vieira
Lula e o ministro Mauro Vieira, das Relações Exteriores. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Parlamentares da oposição criticaram nesta segunda (15) o tom adotado pelo Ministério das Relações Exteriores em não condenar diretamente o governo do Irã pelo ataque contra Israel na noite de sábado (13), quando mais de 200 drones e mísseis foram lançados ao país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem criticado constantemente o Estado israelense por conta da reação ao Hamas, silenciou sobre a ofensiva.

Entre os críticos da posição do governo brasileiro e da falta de uma declaração de Lula, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) afirmou que a política externa do presidente “coloca o Brasil como um inimigo dos países do Ocidente, e isso irá gerar consequências graves na manutenção e em novas parcerias na área de Defesa nacional”.

Já a deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou que o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, está “decepcionado porque Lula não repudiou os ataques do Irã a Israel”. Ele concedeu uma entrevista no domingo (14) em que disse estar desapontado com a posição do governo – “eu procurei, mas não achei um tipo de condenação, infelizmente”.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi mais incisivo e afirmou que o governo de Lula “não faz diplomacia”. Para ele, “faz ideologia nas relações exteriores” e “só isola o Brasil”.

“Ataca Israel sem piedade e não tem piedade quando a população civil é atacada pelo Irã. O Itamaraty inventou a diplomacia da contramão, perigo”, afirmou Ciro Nogueira.

Carla Zambelli (PL-SP), que já havia se pronunciado no fim de semana sobre o conflito, reforçou nesta segunda (15) a crítica afirmando que há uma “incoerência” de versões. “Irã à frente da Conferência da ONU sobre Desarmamento é surreal, hoje se tornou ainda mais insustentável”, escreveu.

Ela ainda afirmou que o país persa “desrespeita os embargos de armas do Conselho de Segurança da ONU, comete assassinatos de seus próprios cidadãos e promove violência, armas e terrorismo em toda a região do Oriente Médio e além”, e diz que apelou à ONU para removê-lo de todas as posições de liderança na organização.

“Um ‘gesto’ com 300 mísseis e drones [...] esse aqui é o assessor-chefe da assessoria especial do Lula”, escreveu o Movimento Brasil Livre (MBL) em referência a uma declaração de Celso Amorim de que o Irã “queria fazer um gesto, a questão é como Israel responderá”.

Ainda durante o final de semana, outros políticos da oposição a Lula se pronunciaram, como a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Rodolfo Nogueira (PL-MS), e os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ronaldo Caiado (União-GO).

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