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Operações da PF

Oposição vai cobrar de Pacheco posição sobre sucessivas operações da PF contra parlamentares

Rogério Marinho
Senador Rogério Marinho terá encontro com presidente do Congresso para pedir posição sobre operações contra Ramagem e Jordy. (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

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O líder da oposição no Congresso Nacional, senador Rogério Marinho (PL-RN), vai se reunir nesta quarta (31) com o presidente do Legislativo, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para cobrar um posicionamento claro sobre as sucessivas operações da Polícia Federal que estão mirando parlamentares. O encontro ocorre após os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ) terem sido alvos de investigações e cumprimento de mandados de busca e apreensão nos respectivos gabinetes na Câmara.

“Nós vamos falar amanhã [quarta, 31] com o presidente Rodrigo Pacheco. A democracia precisa necessariamente ouvir todo mundo e permitir que a democracia seja exercitada. Quem pensa diferente do governo não pode ser tratada como adversário a ser exterminado da face da terra. Isso é ruim para a democracia. E a nossa conversa com o presidente do Congresso vai balizar nossa atuação”, disse Marinho em entrevista à CNN Brasil na terça (30).

O senador explicou que há uma “preocupação” na oposição frente às investigações conduzidas pela PF, e disse que vai expor a Pacheco a “forma que nós achamos que o parlamento precisa de comportar”. A expectativa é de que a reunião seja realizada ainda pela manhã, embora a agenda oficial do presidente do Congresso não registre o encontro.

A investigação que mira Carlos Jordy, líder da oposição na Câmara, aponta uma suposta participação na organização dos protestos de caminhoneiros após o segundo turno da eleição presidencial de 2022, e que culminaram com os atos de 8 de janeiro de 2023. Para Marinho, a prova circunstancial é “extremamente frágil”, ressaltando a necessidade de evidências fáticas antes de se acusar alguém.

Quanto à operação que teve como alvo Alexandre Ramagem, o líder da oposição questiona a prerrogativa para a investigação estar no Supremo Tribunal Federal (STF) e não na primeira instância.

“Desde 2018, o Supremo Tribunal Federal determinou através de um voto colegiado que a prerrogativa do foro só é permitida na prerrogativa do mandato. E nós estamos trazendo novamente para o Supremo Tribunal Federal uma sentença que pertence ao primeiro grau”, argumentou.

Por outro lado, uma investigação contra o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) na última segunda (29) foi alvo de um desdobramento da operação que investigava Ramagem. Marinho expressou indignação com a busca e apreensão realizada na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Carlos, questionando se foi feita “para constranger a pessoa”.

O senador destacou um suposto desequilíbrio nas ações, caracterizando a perseguição contra parlamentares de oposição como um ponto de preocupação. “A gente está vendo esse desequilíbrio configurado na perseguição que é feita contra parlamentares de oposição”, concluiu o líder da oposição no Senado, enfatizando a necessidade de equidade nas investigações.

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