Após a tomada de depoimento do ex-ministro chefe do GSI do governo Lula, general Gonçalves Dias, na CPMI do 8 de janeiro, nesta quinta-feira (31), o senador Jorge Seif (PL-SC) oficializou um pedido de prisão contra o depoente. Outros parlamentares da oposição apoiaram o pedido que foi protocolado na Procuradoria Geral da República (PGR).
Para o senador, "o militar falhou gravemente nas suas obrigações legais ao não mobilizar tropas que assegurassem a proteção do Palácio do Planalto, e não executou o Plano Escudo", disse.
Segundo Seif, o general não agiu corretamente mesmo tendo sido avisado insistentemente e com antecedência pela Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, sobre o alto risco de manifestações violentas naquela data.
Durante a sessão, o cabo Gilberto Silva (PL-PB) informou a iniciativa da oposição contra o general. "A oposição acaba de entrar com o pedido de prisão do ex-ministro G. Dias por omissão imprópria, prevaricação e obstrução da Justiça quando falsificou o ofício enviado ao Congresso Nacional", afirmou.
Na primeira parte do depoimento, G. Dias admitiu ter errado, mas culpou a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), com sete comandantes presos, e os seus subordinados diretos no GSI pelas falhas que levaram aos atos de vandalismo. Ele também afirmou que estava há apenas uma semana no cargo no momento da invasão e ainda estava se acomodando fisicamente em sua sala no Palácio. Ele descartou que tenha sido demitido diretamente por Lula, mas "a pedido”.
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