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A prisão na manhã desta sexta-feira (18) do coronel Klepter Rosa Gonçalves, comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), numa operação da Polícia Federal (PF), reforçou as suspeitas dos membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro de omissões de autoridades federais.
A operação para esclarecer falhas na segurança nos atos de vandalismo coincide com a inclusão no dia anterior do general Marco Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os eventos do fatídico domingo. Essa inclusão foi solicitada pela Procuradoria Geral da República (PGR).
Klepter Gonçalves assumiu interinamente o comando da PMDF logo após os atos de vandalismo, em substituição ao coronel Fábio Augusto Vieira, afastado e detido por ordem do interventor federal de segurança, Ricardo Cappelli, secretário-executivo do ministro Flávio Dino (Justiça).
O policial anteriormente ocupava o posto de subcomandante-geral da PMDF. Em 15 de fevereiro, Cappelli formalizou a sua nomeação como comandante-geral. Cappelli, além de ser interventor e secretário-executivo do Ministério da Justiça, já ocupou o cargo de ministro-chefe do GSI entre 19 de abril e 4 de maio.
Na perspectiva dos parlamentares oposicionistas da CPMI, a ação da PGR que levou à prisão do comandante representa um passo importante nas investigações sobre as omissões ocorridas. O deputado Filipe Barros (PL-PR) ressaltou que a CPMI descobriu que Gonçalves, promovido por Cappelli, teria ordenado que os policiais permanecessem em casa no dia 8 de janeiro.
“Enquanto isso, o coronel Jorge Eduardo Naime, que confrontou os vândalos apesar de estar de férias, permanece preso sem acusações do Ministério Público há meses”, disse.
Segundo o deputado Delegado Ramagem (PL-RJ), tanto a PMDF quanto membros do governo durante a gestão do presidente Lula cometeram irregularidades. “O GSI e o Ministério da Justiça tinham forças prontas para intervir, mas abriram mão delas”, destacou.
O senador Magno Malta (PL-ES) também acredita que os novos detalhes reforçam as suspeitas de negligência das autoridades federais, especialmente com a recusa de Flávio Dino em fornecer imagens do Palácio da Justiça durante os ataques e depoimentos, como a do fotógrafo da Reuters, Adriano Machado, indicando a presença de tropas da Força Nacional nas instalações. As novas revelações também deverão aumentar as cobranças pela prisão do general Gonçalves Dias.