A oposição vai concentrar esforços para colocar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no comando da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara para potencializar a articulação com a direita internacional. Segundo o líder da oposição na Câmara, Luciano Zucco (PL-RS), o PL tem prioridade de escolha de comissões e uma das apostas deve ser a CREDEN.
"Um exemplo de comissão que é prioridade para nós é a CREDEN, de relações exteriores. Já temos um nome, o deputado Eduardo Bolsonaro. Por todo esse protagonismo internacional, a gente já acredita nessa conquista", disse Zucco.
No ano passado, a oposição apostou na mobilização de manifestações nas ruas para tentar pressionar o Senado para combater a hipertrofia do Poder Judiciário, mas pautas de controle do STF e pedidos de impeachment de membros do supremo não foram levadas adiante pelo ex-presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Mas a eleição do presidente Donald Trump nos Estados Unidos fez a oposição mudar de estratégia por ora e se focar em pedir ajuda internacional para tentar influenciar o cenário político brasileiro. Eduardo e a ex-primeira dama Michelle representaram o ex-presidente Bolsonaro na posse de Trump em janeiro.
O deputado Eduardo é o principal articulador de seu pai com o governo Trump. No comando da Comissão de Relações Exteriores e com um passaporte diplomático, ele poderá fortalecer os laços da oposição com governos estrangeiros.
"A CREDEN é muito positiva porque possibilita essa interlocução no cenário América do Sul, da América do Norte, da Europa, da Ásia, enfim. O Eduardo Bolsonaro tem esse relacionamento conquistado e eu não tenho dúvidas que ele vai fazer um trabalho diferenciado. Esperem os convites que serão feitos que vocês vão entender o que eu estou dizendo", afirmou Zucco. Ele não explicou quem deve ser convidado a depor na comissão.
Países como Argentina, Estados Unidos, Israel e Ucrânia ja têm evitado o contato oficial com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e preferido o contato diretamente com parlamentares de oposição. A ideia é reforçar essa tendência.
Eduardo já vinha mantendo contatos com congressistas americanos na tentativa de obter ajuda e emplacar eventuais sanções americanas contra ministros do Supremo, em retaliação a abusos deles contra a liberdade de expressão e direitos de parlamentares eleitos. Além disso não é descartada a possibilidade de Trump elevar tarifas de comércio com o Brasil devido à política externa do governo Lula que tem tomado viés antiamericano.
As comissões temáticas da Câmara começarão a ser negociadas e definidas após a eleição do presidente da Câmara e da mesa diretora neste sábado (1º).
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