O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu início à agenda do P20, nesta quarta-feira (6), em Brasília. As reuniões acontecem com líderes dos parlamentos dos países do G20, que se reúnem na capital federal para debater sustentabilidade e mudanças climáticas, estratégias de combate à fome, e propostas para reforma da governança global no evento. Os temas fazem parte da agenda brasileira na presidência do G20. Já as discussões desta quarta foram focadas na desigualdade de gênero.
Após fracassar ao tentar ser reconhecido como mediador da guerra na Ucrânia e da crise na Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem voltado seus esforços internacionais para as agendas do combate à mudança climática, do combate à pobreza por meio da taxação dos super-ricos e da reforma do Conselho de Segurança da ONU. Esses foram os principais temas escolhidos pelo governo para projetar a agenda de Lula na reunião de chefes de Estado do G20, que acontece no fim deste mês no Rio de Janeiro.
O encontro de parlamentares estrangeiros iniciado nesta quarta-feira no Congresso é um evento preparatório da reunião do G20. A pauta ficou a cargo de Lira, que decidiu colocar em discussão o tema da desigualdade de gênero.
"Garantir oportunidades equânimes e participação equitativa das mulheres nos espaços de poder é passo civilizatório que precisa ser dado. É prioridade global. É imperativo para o fortalecimento das democracias no enfrentamento dos complexos desafios do mundo contemporâneo", disse Lira ao dar início aos debates desta quarta.
O encontro desta quarta dão continuidade ao encontro do P20 Mulheres, que ocorreu em julho em Maceió (AL). Na ocasião, cerca de 30 delegações estrangeiras presentes produziram a Carta de Alagoas, que foi repassada a Lira durante as solenidades de hoje. O parlamentar sugeriu ainda que a África do Sul, país que vai presidir o G20 e o P20 no próximo ano, mantenha o encontro com representatividades parlamentares femininas.
Lira e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), são as lideranças parlamentares brasileiras durante os dias de evento, que se estendem até a próxima sexta-feira (8). O presidente da Câmara assumiu a liderança do P20 em outubro de 2023 e sugeriu que o Brasil sediasse um encontro para discutir a inclusão das mulheres em cargos representativos.
Além do presidente da Câmara, as reuniões contaram com a participação da deputada Maria do Rosário (PT-RS); a presidente da União Interparlamentar, Tulia Ackson; a senadora e líder da Bancada Feminina do Senado, Leila Barros (PDT-DF); a deputada e coordenadora-geral dos Direitos da Mulher da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, Benedita da Silva (PT-RJ); e a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha.
Governo pauta em discussão no G20
O G20 é o grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana. As agendas do bloco neste ano acontecem em solo brasileiro porque o Brasil é o país que preside o grupo até dezembro. É o governo brasileiro que também pauta os temas discutidos pelos países que formam o bloco.
Já o P20 leva esse nome por reunir lideranças parlamentares dos países do G20. A ideia de incluir representantes legislativos às reuniões tem a intenção de fortalecer e promover a aplicação dos acordos internacionais que forem propostos pelo grupo de países durante as cúpulas promovidas pelo bloco.
Ao longo desta semana, são esperadas 37 delegações representando 24 países, entre nações que integram o G20 e aquelas que foram convidadas pelo governo para participar do evento. Entre autoridades confirmadas, estão Lorenzo Fontana, presidente da Câmara dos Deputados da Itália; Loïc Hervé, vice-presidente do Senado francês.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF