Senador se colocou à disposição para conversar sobre ataque da cantora aos parlamentares.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
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O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que preside o Congresso Nacional, se colocou à disposição da cantora Anitta após ela publicar um vídeo nas redes sociais em que critica os parlamentares por projetos que, diz, atacam o meio ambiente.

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Em um vídeo postado no Instagram na semana passada, ela afirma que as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul há mais de uma semana foram provocadas por anos de aprovação de leis “liberando mais desmatamento, mais veneno e legalizando a invasão de terras indígenas” (veja na íntegra).

Pelas redes sociais, Anitta diz que Pacheco se colocou à disposição dela para conversar sobre as críticas, mas que ela só irá se for para “falar e resolver”.

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“O Rodrigo Pacheco me procurou, se colocou à disposição para falar sobre o assunto. Eu disse que sim, eu tenho interesse em encontrar para falar se for para falar e resolver. Se for [apenas] para debater, eu não tenho paciência nenhuma pra ficar debatendo coisa que não vai sair do lugar”, afirmou.

A assessoria do senador confirmou à Gazeta do Povo que ele se colocou à disposição da cantora para conversar caso ela queira uma audiência com ele. Anitta afirmou que está buscando uma data na agenda, mas ainda sem uma previsão por estar começando uma nova turnê.

Por outro lado, Anitta disse que não teve nenhuma resposta do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que a teria bloqueado nas redes sociais. “Esse aí eu fiquei sem resposta pra sempre, continuo bloqueada”, disparou.

A cantora afirma, na gravação em que ataca os parlamentares, que “o clima já mudou, mas o Congresso não”, e pediu que a população vote em “quem não nega a crise climática” na próxima eleição. A gravação tem legendas em português e em inglês e cita nominalmente Lira e Pacheco como presidentes do Legislativo.

“Sob a liderança deles, o Congresso aprovou e está debatendo várias leis contra o meio ambiente, liberando mais desmatamento, mais veneno e legalizando a invasão de terras indígenas”, mostra a gravação afirmando que há mais de 20 projetos “que podem levar a mais destruição”.

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Desde o início das enchentes no Rio Grande do Sul após fortes chuvas, o estado já contabiliza mais de 2,2 milhões de pessoas afetadas em 460 municípios de acordo com o boletim da Defesa Civil estadual divulgado no começo da tarde desta quinta (16).

Destes, 538 mil estão abrigadas nas casas de parentes ou amigos e 77,1 mil estão em abrigos públicos. 151 pessoas morreram, 806 se feriram e ainda há 104 desaparecidos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]