O presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reeleito na quarta-feira (1) para presidir o Congresso, afirmou que a polarização nacional dos últimos anos foi refletida nas votações da eleição no Senado e pregou otimismo de que “as coisas vão melhorar”. As declarações foram feitas durante entrevista para a CNN Brasil na noite de ontem.
Ao ser questionado sobre suas impressões com a nova composição do Congresso que tomou posse ontem e a polarização no cenário político nacional, Pacheco disse que é necessária uma reconciliação nacional. “Nós temos que ser otimistas de que as coisas vão melhorar. Mas nós temos que ter uma constatação. Convivemos com uma polarização extremada, com minorias extremistas que não reconhecem o resultado eleitoral e resultado de urnas. É um momento difícil da nação e que nós precisamos reconciliar”, disse.
“Essa polarização fez com que a vitória do presidente Lula fosse muito apertada de fato, e há uma polarização nítida na sociedade, as famílias estão brigando entre si por questões que nunca antes se discutia. Não se brigava por causa de vacina. Todo mundo entendia que vacina era importante. Você não brigava por causa de urna eletrônica, se ela é eficaz ou não. Todo mundo concordava, votava na urna, aplaudia o resultado eleitoral e pronto. Então as famílias estão divididas, as pessoas estão divididas e a sociedade está dividida”, declarou.
“Isso impõe ao presidente Lula, e a todos nós evidentemente, uma enorme responsabilidade. A responsabilidade de pregar a paz, de buscar reconciliar, de não criar crise onde não precisa, de ter comedimento, de poder ser eficaz nas ações. Esse governo (Lula), por tudo isso que nós estamos passando, não tem direito de errar. E não tem o direito de errar não por conta da perpetuação de poder ou para demonstrar que foi acerto a vitória eleitoral, nada disso. Não pode errar porque a situação do Brasil é crítica”, afirmou Pacheco.
O presidente do Senado afirmou ainda que irá se esforçar para aprovar matérias de interesse para o Brasil no período em que presidir a Casa e que manterá um comportamento colaborativo e de cooperação, assimilando as demandas do governo Lula (PT).
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