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“Luta pela democracia” não pode ser seletiva, diz Pacheco sobre eleições na Venezuela
Pacheco criticou falta de transparência nas eleições da Venezuela e disse que “toda violação a democracia deve ser apontada”.| Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou nesta terça-feira (30) a falta de transparência nas eleições da Venezuela. Em nota, Pacheco destacou que “toda violação a democracia deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for”.

O senador defendeu que a "luta pela democracia não nos permite ser seletivos e casuístas". Após o pleito, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime chavista, anunciou a reeleição do ditador Nicolás Maduro.

A oposição contesta o resultado, ressaltando que o órgão eleitoral não divulgou as atas eleitorais que confirmam os números de votos recebidos por candidato.

“Numa democracia, a lisura e a transparência do processo eleitoral que assegurem a prevalência da vontade do povo são base essencial e insuperável. O governo da Venezuela se afasta disso ao não demonstrar esses valores com clareza”, disse o senador.

"A luta pela democracia não nos permite ser seletivos e casuístas. Toda violação a ela deve ser apontada, prevenida e combatida, seja contra quem for", concluiu.

O governo brasileiro aguarda a divulgação das atas eleitorais para se manifestar oficialmente. No entanto, o presidente Lula (PT) minimizou as suspeitas em torno da vitória de Maduro.

Senador que foi à Venezuela diz que pleito está “sob suspeição”

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR), presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Venezuela, afirmou que as eleições estão “sob suspeição”. Rodrigues foi o único parlamentar brasileiro autorizado por Maduro a acompanhar o pleito em Caracas.

Em entrevista à Rádio Senado, Rodrigues relatou que já havia a expectativa de que o resultado não seria “pacífico e real” no país vizinho. Para ele, o momento é “muito tenso”.

"O mais importante de tudo é a apresentação das atas das sessões eleitorais. São elas que legitimam a eleição. O governo [venezuelano] criou dificuldade para divulgar essas atas", apontou Rodrigues.

"Nós observadores achamos muito estranho a proclamação imediata dos resultados. [Isso] criou uma nuvem de dúvidas que agora se reproduziu na reação da oposição, que reclama com razão", afirmou.

Na semana passada, Rodrigues chegou a afirmar que “tudo funciona” na Venezuela, mas preferiu evitar qualquer julgamento sobre o regime de Maduro, quem dificultou a participação de observadores internacionais e da oposição na eleição. Com informações da Agência Senado.

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