Nesta segunda-feira (28), o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, fez um balanço do 2º turno das eleições municipais e defendeu que o PT faça uma "avaliação profunda" dos resultados. Das 26 capitais, o PT conseguiu levar apenas Fortaleza (CE), com Evandro Leitão (PT), e viu o Centrão e a direita tomarem as demais 14 capitais neste domingo (27).
A declaração do ministro foi feita aos jornalistas após o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, no Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Padilha destacou que apesar do resultado não ser tão satisfatório, o partido teve um aumento no número de prefeituras que serão comandadas pela legenda a partir de janeiro. De acordo com ele, o PT "não saiu do Z4".
"Eu diria que o PT é o campeão nacional das eleições presidenciais. Mas, desde 2016, entrou no Z4 das eleições municipais. Não saiu ainda dessa posição de fim da tabela", ponderou.
Nas eleições deste ano, o PT conquistou 252 prefeituras, somados os dois turnos. Ficou atrás de oito partidos: PSD, MDB, PP, União Brasil, PL, Republicanos, PSB e PSDB.
"Toda eleição traz aprendizados. Em 2020, [o PT] teve desempenho muito pior do que teve agora. Agora foi crescimento em relação a 2020, 40% mais prefeituras, teve mais votos para prefeito agora do que em 2020", citou Padilha.
O fracasso do partido se aprofundou neste segundo turno, com a derrota de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo; de Maria do Rosário (PT) em Porto Alegre (RS); de Natália Bonavides (PT) em Natal (RN); de Lúdio Cabral (PT) em Cuiabá; e de Luiz Roberto (PDT) em Aracaju (SE). Quando observada a região Nordeste, importante reduto eleitoral de Lula, a esquerda também sofreu outra importante derrota. Das nove capitais, sete foram para a direita e o Centrão.
Sobre a derrota de Boulos em São Paulo, Padilha disse que ele "sai com estatura muito importante". "Ele enfrentou em, primeiro lugar, o tsunami da reeleição, com um dos poucos prefeitos da capital que não chegou a 30% dos votos [no primeiro turno]. Enfrentou máquina da gestão municipal e a atitude criminosa do governo de São Paulo, algo que eu nunca vi acontecer na história democrática de São Paulo. Nem nos governos da ditadura usaram do poder econômico e político para disseminar mentira no dia de eleição”, avaliou.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF