O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quinta-feira (12) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue despachando e cumprindo com os prazos de sanções, direto da UTI no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Na última terça (10), Lula foi operado às pressas em São Paulo após sentir fortes dores de cabeça em Brasília e passou por uma nova cirurgia na manhã de hoje. Ele foi submetido a uma cirurgia para drenar um sangramento causado pelo acidente doméstico que sofreu em outubro no Palácio da Alvorada.
Apesar de estar internado e se recuperando, Padilha ressaltou que o presidente Lula permanece “em exercício permanente” e assinou dois atos do Executivo nesta quinta (12), por meio de um mecanismo da Casa Civil que permite assinatura virtual de Lula na sanção de medidas. Lula sancionou a lei que cria mercado regulado de carbono e um decreto que trata de transformação digital. “Tudo aquilo que tenha prazo para sanção, ele está assinando”, complementou.
“Todos esses temas, tanto o decreto de transformação digital quanto o marco regulatório do crédito de carbono, a gente já havia discutido com o presidente na semana passada”, explicou o ministro.
Padilha ainda mencionou que a ordem entre os ministros é não levar problemas para o presidente enquanto ele estiver se recuperando da operação. "Eu tenho conversado com a equipe médica, estou deixando o presidente descansar, não quero levar problema para ele", disse Padilha.
O médico do presidente Roberto Kalil Filho afirmou que o presidente não trabalhará enquanto estiver internado e seguirá proibido de receber visitas até deixar o hospital -- somente familiares estão permitidos, como a primeira-dama Janja da Silva, que o acompanha desde o internamento. Segundo Kalil, Lula poderá voltar a despachar normalmente em Brasília após ter alta, prevista para a próxima semana
Pacote fiscal do governo
O ministro Padilha também ressaltou que o governo segue ativo para garantir a aprovação do pacote fiscal no Congresso ainda neste ano. Após reunião do Conselhão, Padilha disse que há um "apoio as medidas apresentadas pelo governo de consolidação do marco fiscal".
"Os conselheiros têm ajudado nesse compromisso, que já existe do Congresso Nacional, de trabalharmos para votar até o final do ano as medidas que consolidam o marco fiscal no país. Na minha opinião, um passo muito importante para a sustentabilidade desse ciclo de crescimento. E reafirmo o compromisso do governo federal com o marco fiscal", ressaltou Padilha.
"Toda vez que alguém duvida do compromisso do governo federal, do presidente Lula, da liderança do ministro Fernando Haddad em relação ao marco fiscal, nós redobramos a aposta no marco fiscal”, complementou.
Com a ausência do presidente, os ministros intensificarão nos próximos dias as articulações não apenas com o Legislativo, mas também com o Judiciário, para agilizar a aprovação das medidas fiscais. O prazo será bastante apertado com o início do recesso parlamentar no dia 20 de dezembro.
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