Ao participar virtualmente de debate da Comissão Justiça e Paz do Distrito Federal (CJP-DF), nesta segunda-feira (6), o padre Julio Lancellotti reclamou das críticas que recebeu após discursar em ato pró-Hamas, em São Paulo, no sábado (4).
“Fui bombardeado de todos os lados, principalmente por católicos, católicos muito religiosos, muito ortodoxos, muito fidelíssimos à ortodoxia da igreja, que não são capazes de refletir que o povo palestino não é Hamas e o Hamas não é o povo palestino“, afirmou o padre.
No sábado, durante o ato em defesa do terrorismo do Hamas, o sacerdote chamou Israel de “Estado assassino” e “covarde”.
Lancellotti também foi aplaudido pelos militantes quando disse que se sentia palestino em meio às manifestações. No mesmo evento, os militantes entoaram músicas de exaltação ao Hamas e outras facções terroristas.
“[...] 79 foi o Irã. Em 2000, o Hezbollah. Em 21, o Talibã. Agora é hora do Hamas, olê, olê, olê”, diz o trecho de uma música cantada em ritmo de samba pelos militantes.
Ao falar na CJP-DF, o padre reclamou da falta de empatia com os pobres e citou a escritora Simone de Beauvoir, conhecida por defender pedófilos e genocidas, como exemplo de humanidade.
“Ontem (domingo), quando celebrei a missa das seis horas da tarde, pensei que não conseguiria chegar ao fim. No momento da consagração, quando me ajoelhei, e encostei minha cabeça, pedi: ‘Jesus, me acalma, me dá força. Jesus, eu sei que estás comigo. Me dá força para aguentar, chegar até o fim da celebração e superar esse momento de tanto sofrimento”, disse durante participação no debate.
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