Ao discursar em evento pró-Hamas em São Paulo (SP) neste fim de semana, o padre Julio Lancellotti, aliado de figuras de esquerda como o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP), chamou Israel de “Estado assassino”. De acordo com o site Opera Mundi, o ato em favor dos terroristas do Hamas reuniu cerca de dez mil manifestantes.
“Israel, além de ser um Estado assassino, é um Estado covarde que diz que é direito de defesa. Direito de defesa não é matar, direito de defesa não é ser covarde, ser assassino como está sendo. Graças a Deus, nem todos os judeus e nem todos os israelitas comungam e apoiam esse governo assassino, esse governo que mata e que destrói o povo palestino”, diz o padre em um trecho do discurso publicado em suas redes sociais.
“Estar aqui, hoje, é uma grande emoção e eu me sinto palestino”, completou o padre enquanto discursava sob aplausos dos militantes.
Segundo o Opera Mundi, o ato reuniu movimentos sociais, centrais sindicais e organizações estudantis. Apesar de exaltar o evento, o site reclamou da falta de parlamentares e de bandeiras de partidos políticos na manifestação.
Aos gritos, os manifestantes cobraram o rompimento das relações entre o governo petista e Israel e entoaram músicas de exaltação ao Hamas e outras facções terroristas.
“[...] 79 foi o Irã. Em 2000, o Hezbollah. Em 21, o Talibã. Agora é hora do Hamas, olê, olê, olê”, diz o trecho de uma música cantada em ritmo de samba pelos militantes.
Também em discurso durante a manifestação, o fundador do Opera Mundi, o jornalista Breno Altman, disse que “o sionismo é uma das correntes racistas mais perversas da história” e defendeu a união das esquerdas contra Israel.
No início da guerra, o jornalista comemorou a entrada do Hezbollah no conflito e comparou judeus a ratos.
Altman também lamentou que o governo brasileiro esteja buscando responsabilizar igualmente os dois lados do conflito. O jornalista defende a narrativa de que o Hamas está apenas reagindo contra um suposto colonialismo de Israel.
Para Altman, não basta não chamar o Hamas de terrorista, é preciso condenar as reações de Israel ao massacre planejado e executado pelos terroristas contra civis desarmados, incluindo mulheres, idosos e crianças.
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