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O general da reserva Mauro Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, prestou depoimento à Polícia Federal na tarde desta terça-feira (26), em Brasília. Ele foi ouvido no âmbito do inquérito que investiga a venda de joias sauditas dadas ao governo brasileiro no mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O general permaneceu na sede da PF por cerca de 3h, informou a Agência Brasil. De acordo com a investigação, o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid participou do desvio dos itens, que teriam sido vendidos nos Estados Unidos a partir de junho de 2022. Em agosto do ano passado, a PF deflagrou a Operação Lucas 12:2 para investigar o caso.
Lourena Cid foi apontado pela PF como o articulador do suposto desvio de presentes recebidos pelo governo brasileiro para a venda nos Estados Unidos. Desde 2019, o general atuava no escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Miami.
Entre os presentes recebidos pelo ex-presidente que teriam sido desviados, estão esculturas, joias e relógios das marcas Chopard, Rolex e Patek Philippe, com certificados de autenticidade, presenteados pelos governos da Arábia Saudita, Barein e Catar.
Uma das imagens anexadas ao processo mostra um reflexo de Lourena Cid fotografando um dos objetos que teriam sido desviados para venda – uma caixa que contém uma escultura de árvore de palmeira recebida por Bolsonaro em uma visita oficial ao Barein, em novembro de 2021.
De acordo com o inquérito, os objetos "foram levados de forma oculta para os Estados Unidos, na data de 30 de dezembro de 2022, por meio de avião presidencial, e encaminhados para lojas especializadas nos estados da Flórida, Nova York e Pensilvânia, para serem avaliados e submetidos à alienação, por meio de leilões e/ou venda direta".