O Papa Francisco questionou processo do julgamento que levou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ficar preso por 580 dias e associou a reclusão a "fake news". Em entrevista ao jornal espanhol ABC, disse que foi um "caso paradigmático".
"O processo de julgamento começou com notícias falsas na mídia que criaram um ambiente favorável ao seu julgamento. O problema das 'notícias falsas' sobre líderes políticos e sociais é gravíssimo. Eles podem destruir uma pessoa", declarou.
O pontífice disse ter a impressão de que o julgamento não foi "adequado". "E nisso, cuidado com quem arma um processo, seja ele qual for. Eles montam para você através da mídia de tal forma que influenciam aqueles que têm que julgar e decidir", disse Francisco.
"Um julgamento tem que ser o mais limpo possível, com tribunais de primeira classe, que não têm outro interesse senão salvar a limpeza da justiça. Esse caso do Brasil é histórico, não entro em política. Eu conto o que aconteceu", complementou o Papa.
Na condenação do caso do tríplex do Guarujá, Lula foi condenado em primeira instância pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, em segunda instância por unanimidade pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e também na Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
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