Paulo Pimenta procurou minimizar divergências entre o governo federal e o do Rio Grande do Sul| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro Paulo Pimenta (PT) afirmou que o apoio do partido foi fundamental para a eleição do governador Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul. A declaração visa minimizar divergências diante de sua indicação para o comando da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. A nomeação de Pimenta tem sido avaliada como uma tentativa do PT de levar o crédito pela reconstrução do RS, o que estaria criando instabilidades com o executivo estadual.

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Nesse sentido, ministro afirmou que a crença de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou a estrutura como uma tentativa de concentrar os ganhos políticos da reconstrução do estado é fruto de pessoas que não o conhecem e nem a forma como trabalha. As declarações foram concedidas em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

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A decisão de Lula também tem sido avaliada como um movimento eleitoral do PT, já que Pimenta nunca escondeu suas pretensões de concorrer ao governo do estado, em 2026. Tanto que o anúncio da criação da Secretaria foi realizado em São Leopoldo (RS), município governado pelo partido.

Dois dias após o anúncio da criação da Secretaria, Eduardo Leite transformou a Secretaria estadual de Parcerias e Concessões na Secretaria de Reconstrução Gaúcha. A nova pasta foi mantida no comando do secretário Pedro Capeluppi.

Em relação às críticas de que teria sido redirecionado para a reconstrução do RS em razão dos erros cometidos durante sua gestão na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Pimenta se esquivou. Apenas afirmou que o questionamento deveria ser dirigido ao presidente Lula.

Ele ainda afirmou que Lula pediu que voltasse para a Secom depois de terminada a reconstrução do RS. Pimenta também disse que acredita na comunicação do governo, “nós temos hoje um resultado que é absolutamente dentro daquilo que nós imaginamos, do planejamento estratégico das ações do governo e das ações da comunicação”, ao avaliar que, em breve, os índices de aprovação do governo devem voltar a crescer.