Nesta quarta-feira (5) ocorre o lançamento da Frente Parlamentar dos Trabalhadores em Transportes, em auditório na Câmara dos Deputados. Em plena sessão, será votada uma paralisação nacional dos trabalhadores do setor para o dia 14 de junho, segundo informação do repórter Evandro Éboli, do portal da Revista Veja.
A moção de paralisação será votada com cerca de 500 motoristas de diversas categorias, incluindo caminhoneiros, informa a nota publicada pelo jornalista, que confirmou a informação junto com o coordenador da frente, deputado Valdevam Noventa (PSC-SE). A expectativa é que paralisação seja aprovada.
Além dos profissionais do setor, devem estar presentes na sessão presidente da Câmara, Rodrigo Maia, executivos da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), entre outras autoridades.
Paralisação dos caminhoneiros: pedidos dos motoristas
Uma possível paralisação já havia sido detectada pelo governo ainda em março. Em maio, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, acendeu o alerta para a ameaça de uma nova greve dos caminhoneiros. No ano passado, dez grandes empresas perderam mais de R$ 1 bilhão com a greve dos caminhoneiros.
“O que vem por aí é coisa feia, muito feia. Se o governo não se atentar para isso, nós vamos ter um problema muito sério. Aí não vai ter Exército, não vai ter nada, porque ninguém vai ter combustível."
Um dos pedidos diz respeito ao piso mínimo da tabela de frete. Os caminhoneiros reclamam que as empresas têm descumprido o pagamento do valor mínimo e cobram uma fiscalização mais ostensiva da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Outro ponto é o preço do óleo diesel. Os caminhoneiros querem que o governo estabeleça algum mecanismo para que o aumento dos combustíveis, que se baseia em dólar, seja feito só uma vez por mês, e não mais diariamente. Há alguns dias, como medida paliativa, a Petrobras reduziu os preços da gasolina em 7,1% e do diesel em 6%.