Antes mesmo de abrir seus trabalhos na manhã desta terça-feira (13), os membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro debatiam as possibilidades de deliberação sobre requerimento de oitivas.
Os governistas tentam emplacar a proposta de aprovar em bloco os pedidos da relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), deixando outros dois blocos considerados mais sensíveis ao Planalto para depois, contando com a maioria dos votos para impor derrotas à oposição.
O senado Otto Alencar (PSD-BA) acha legítimo que as audiências priorizem figuras do governo anterior para serem ouvidos e que a oposição busque incluir outros nomes de consenso do colegiado. Nos bastidores, também há a pressão do governo para que o material produzido pela CPI do Distrito Federal seja incorporado já, considerando que atende a prioridade da relatora de enfocar fatos anteriores às invasões, desde as eleições.
Entre os nomes mais requisitados estão os de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF; Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da gestão Lula; Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Saulo Moura, então diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante os ataques de 8 de Janeiro; e Eduardo Naime, coronel e ex-comandante de Operações da Polícia Militar do DF. O preferido da oposição, o ministro da Justiça, Flávio Dino, deve ser apenas ser convidado.
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) advertiu por meio de ofício que governadores em exercício não podem ser convocados por CPI do Congresso.
O presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (PP-BA) ainda não chegou a Brasília e seu encontro com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve ocorrer somente à tarde. Eles irão tratar da possibilidade de acessar conteúdo sigiloso em posse da Corte.
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