Um grupo de congressistas brasileiros de direita viajou até a Ucrânia para participar de uma conferência organizada pelo governo ucraniano para políticos da América Latina e Caribe. O grupo, formado pelos senadores Magno Malta (PL), Damares Alves (Republicanos), Sergio Moro (União), e o deputado federal Paulo Bilynskyj (PL), permanece no país até o próximo domingo (1º).
A visita à Kyiv ocorre em meio a uma escalada da guerra entre Rússia e Ucrânia. O conflito no país que vai completar três anos em fevereiro, teve início depois que o ditador russo, Vladimir Putin, ordenou que suas tropas invadissem o país vizinho. Nesta sexta-feira (29), os congressistas se encontraram com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
"Pedi desculpas [a Zelensky], em nome dos brasileiros, pelas declarações desrespeitosas feitas por representantes do governo atual, deixando claro que a maioria de nós não compactua com tais atitudes. Aproveitei também para destacar o momento delicado que vivemos no Brasil, com sinais preocupantes de autoritarismo”, afirmou o senador Magno Malta (PL) após encontro com o líder ucraniano.
O senador Sergio Moro (PL) também se reuniu com Volodymyr Zelensky e registrou o momento em suas redes sociais. "Viemos, a delegação brasileira, à Ucrânia dizer, em alto e bom tom e com clareza solar, que a população brasileira apoia a sua causa e que é contra a guerra de agressão promovida pela Rússia. A Ucrânia, hoje, luta por sua soberania e pelo mundo livre. A posição de Lula não nos representa", escreveu Moro.
Além de participar das discussões da conferência "Ucrânia e os Países da América Latina e do Caribe: Cooperação para o Futuro", o políticos brasileiros também farão visitas a infraestruturas civis atingidas pela guerra, soldados ucranianos feridos em combate e representantes de direitos humanos. Representantes da Argentina, México, Colômbia, Honduras, Chile, Republica Dominicana, Belize, Guatemala, Panamá e El Salvador também tiveram representantes enviados ao país.
"Durante o encontro com parlamentares e diplomatas de países latino-americanos, enfatizei a necessidade de que as fronteiras dos nossos estados sejam respeitadas — incondicionalmente. Queremos que esta seja a regra não apenas para a Ucrânia, mas para todas as nações do mundo. Queremos que cada nação seja livre para escolher seu próprio futuro, livre de coerção — seja por meio de guerra, pressão política ou manipulação econômica por outro país", escreveu Zelensky após encontro com congressistas
A crise entre Lula e Ucrânia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem enfrentado atritos com a Ucrânia desde que passou a relativizar a guerra em curso no Leste Europeu. Em meio a declarações consideradas preocupantes, o petista chegou a dizer que Zelensky tinha tanta culpa pela guerra quanto Putin, equivalendo a responsabilidade pela guerra entre invasor e invadido.
O mandatário brasileiro também tem se negado a fazer aproximações com o líder ucraniano e, apesar dos diversos convites, ainda não foi à Ucrânia. Por outro lado, Lula tem apostado em estreitar cada vez mais os laços com a Rússia e com o ditador Vladimir Putin. Em acenos que fez ao autocrata, chegou a afirmar que Putin não seria preso caso viesse ao Brasil para participar da Cúpula de Líderes do G20, que o Brasil sediou na última semana no Rio de Janeiro.
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