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Parlamentares não entram em acordo sobre novas convocações na CPMI dos atos de 8/1

Arthur Maia
O presidente da CPMI do 8 de janeiro deputado Arthur Maia (União Brasil-BA) durante sessão da comissão. (Foto: Pedro França/Agência Senado.)

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos atos de 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), informou que tentou, sem sucesso, fechar um acordo para votar extraordinariamente seis ou sete convocações de testemunhas de requerimentos para obtenção de documentos relacionados às invasões na Praça dos Três Poderes.

Os parlamentares não tocaram no assunto do ultimato dado por Maia ao ministro da Justiça Flávio Dino para apresentar as imagens das câmeras de segurança de seu ministério registradas em 8/1. Dino tem até o fim do dia para entregar o material ou Maia levará o caso para o Supremo.

A maior resistência do governo na negociação do acordo da sessão desta terça-feira (3) foi a convocação de um fotógrafo de uma agência de notícias que teria entrado e fotografado manifestantes promovendo quebra-quebra. De acordo com parlamentares governistas, o fotógrafo é um membro da imprensa e é protegido por sigilo profissional.

A sessão começou com quase três horas de atraso. Isso porque os parlamentares tentaram costurar acordos internos. Outro tema em debate foi o requerimento de relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produzidos de 1º de outubro de 2022 a 1º de janeiro de 2023, relativos ao monitoramento dos acampamentos em frente a quartéis em todo o país, com destaque para o quartel-general em Brasília.

A sessão foi antecedida por um bate-boca entre os deputados Nicolas Ferreira (PL-MG) e Duda Salabert (PDT-MG) em torno de possibilidades de quebras de sigilos. O deputado acusou a colega de pressionar o presidente da comissão, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), a mudar uma decisão.

Outro incidente envolveu o deputado André Fernandes (PL-CE) e a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a quem acusou de defender o governo e obstruir investigações, como “advogada do Dino”. A reunião preparatória que revelou grande impasse ocorreu no gabinete da liderança do PDT no Senado.

A relatora pediu em requerimento extra-pauta a convocação do hacker Walter Delgatti Neto, preso nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal. Os deputados Rogério Correia (PT-MG) e Duarte Jr. (PSB-MA) apresentaram requerimentos no mesmo sentido. Os governistas também querem convocar e quebrar sigilos da ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro.

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