Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Censura ao X

Parlamentares publicam imagens no X de ato em São Paulo desafiando multa de Moraes

A deputada Júlia Zanatta discursou na Avenida Paulista e publicou as imagens no X.
A deputada Júlia Zanatta discursou na Avenida Paulista e publicou as imagens no X. (Foto: Reprodução do canal de YouTube de Silas Malafaia)

Ouça este conteúdo

Deputados e senadores da direita voltaram a desafiar a proibição de acesso à rede social X imposta pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e publicaram imagens e comentários sobre a manifestação na Avenida Paulista em São Paulo. Entre os que resistiram à ordem do ministro estavam os senadores Flávio Bolsonaro (PL-SP), Rogério Marinho (PL-RN) e Magno Malta e os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Júlia Zanatta (PL-SC).

Moraes determinou a suspensão do X no Brasil e impôs uma multa de R$ 50 mil para quem acessar a rede social usado VPN (rede virtual privada). Diversos paralemntares e cidadão têm desafiado a multa e usado a rede normalmente.

Flávio Bolsonaro publicou uma foto abraçado aos irmãos, o deputado federal Eduardo (PL-SP) e o vereador Carlos (PL-RJ), no alto de um carro de som no ato em São Paulo. Ele escreveu: "Enquanto estamos na Avenida Paulista com o povo ao nosso lado, Alexandre de Moraes está com Lula, isolado no esvaziado desfile em Brasília".

Na manhã deste 7 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice, Geraldo Alckmin, além de ministros do Executivo e do STF participaram de um desfile militar no Eixo Monumental em Brasília.

A Polícia Militar não divulgou estimativas de público do desfile na capital nem do ato em Brasília. Imagens captadas em drones mostraram que uma multidão lotou ao menos oito quarteirões inteiros da Avenida Paulista. Em Brasília, o público estava sentado em arquibancadas espalhadas instaladas em um trecho do Eixo Monumental e era visivelmente muito menos numeroso que a multidão da Avenida Paulista.

O deputado Nikolas Ferreira publicou no X na parte da manhã uma imagem de Lula, Alckmin, Alexandre de Moraes e diversas autoridades acompanhando o desfile de uma tribuna de honra. A imagem estava acompanhada do texto: "Eles não querem que você vá à Avenida Paulista hoje. Se curve ou enfrente-os."

A deputada Júlia Zanatta publicou no X trechos de vídeo da transmissão organizada pelo pastor Silas Malafaia. Ela aparece nas imagens discursando e cantando. Da mesma maneira, o deputado Marcel Van Hattem publicou um vídeo da manifestação com imagens da multidão e de seu discurso. Ele aproveitou para escrever em inglês que a publicação era sobre a manifestação em São Paulo. Van Hattem e Nikolas são alguns dos deputados que afirmaram que continuarão descumprindo a proibição de Moraes em nome da liberdade de expressão.

O senador Magno Malta não publicou imagens do ato, mas na noite de sexta-feira (6). "A fúria e como o ministro pratica os seus desmandos são inexplicáveis; ele parece ter o sentimento de ser um deus. Amanhã, 7 de setembro, o povo mostrará nas ruas que não é avalista da sua perversidade. Na próxima semana protocolaremos o seu pedido de impeachment", escreveu em um trecho da publicação.

O senador Rogério Marinho também usou o X para afirmar que um pedido de impeachment contra Moraes será protocolado. "A caminho da Paulista para abraçar o povo brasileiro em defesa de nossa liberdade, contra os abusos e arbitrariedades cometidos contra a nossa democracia. E na segunda dia 9 de setembro iremos entregar ao Senado o novo pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes", escreveu o senador.

Além dos parlamentares, diversos perfis de direita que continuam ativos usaram o X para divulgar imagens da manifestação. Seus autores se diziam preocupados que o ato fosse minimizado e por isso justificaram a divulgação das imagens. Muitos perfis também tentaram comparar a manifestação de São Paulo com a de Brasília.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.