O PL, o PP e o Republicanos acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (28) para garantir a validade do projeto de lei que estabelece o marco temporal para demarcação de terras indígenas. A regra determina que novas reservas só poderão ser demarcadas em áreas que já eram ocupadas por indígenas na data da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988.
Em setembro, a Corte rejeitou a tese do marco temporal. Após a decisão do Supremo, deputados e senadores se mobilizaram para aprovar o tema, defendendo que os ministros tinham invadido a competência do Legislativo ao decidir sobre o tema. A proposta foi aprovada pelos parlamentares no final de setembro. No dia 20 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou parcialmente o projeto.
Entre os trechos barrados pelo mandatário estava justamente o que estabelecia a tese do marco temporal. No dia 14 deste mês, o Congresso derrubou o veto presidencial depois de uma forte articulação da bancada do agronegócio. Na ação protocolada no Supremo, os partidos argumentaram que o Congresso exerceu sua competência legislativa ao validar o marco temporal.
"Em cenário de discordância republicana entre poderes acerca de determinado conteúdo normativo, a última palavra em um regime democrático, sempre deve ser do Poder Legislativo, verdadeira casa da democracia", alegam as legendas. O ministro Gilmar Mendes foi sorteado para relatar a ação. Não há prazo para decisão, informou a Agência Brasil.
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e o PT já anunciaram que pretendem recorrer ao STF para manter o veto presidencial ao marco temporal de demarcação das terras indígenas. O PT deve argumentar que a legislação aprovada por maioria no Congresso é inconstitucional e viola cláusulas pétreas da Constituição.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF