Manifestantes foram acompanhados por policiais militares na passeata pela Avenida Paulista| Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Dois partidos de esquerda – o PCO e o PSTU – ajudaram a promover uma passeata neste domingo (12), na Avenida Paulista, em São Paulo, em que manifestantes defenderam abertamente a atuação do Hamas. O grupo terrorista, responsável pelo massacre de 1,2 mil civis em Israel no início de outubro, também tem usado civis palestinos que moram na Faixa de Gaza como escudos humanos na contraofensiva do Exército israelense contra seus integrantes.

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O ato na capital paulista também contou com apoio de centrais sindicais como a CUT e Conlutas, que exibiam suas bandeiras ao lado de faixas e bandeiras do próprio Hamas. Os manifestantes foram acompanhados por policiais militares durante o trajeto.

Em sua conta no X, o Diário da Causa Operária, ligado ao PCO, reproduziu o discurso de João Jorge Caproni Pimenta, um dos dirigentes do partido, durante a passeata. “Sou obrigado a citar uma declaração feita pelos companheiros do próprio Hamas. Eles disseram: ‘vocês que ainda não lutam, não chorem por nós. Nós ainda estamos vivos, e vocês estão mortos por dentro’. Os palestinos estão vivos porque lutam, porque têm coragem, porque enfrentam israel. Nós temos que estar vivos e lutar e ter coragem de enfrentar Israel”, afirmou.

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Vários manifestantes reivindicaram o rompimento das relações diplomáticas do Brasil com Israel. Neste domingo (12), após semanas de negociação, o Ministério das Relações Exteriores conseguiu retirar 32 brasileiros e familiares da Faixa de Gaza, onde ocorre o conflito. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse que houve boa vontade dos governos de Israel e do Egito na operação.

Ainda assim, parlamentares do PT e de outros partidos que sustentam o governo têm reiteradamente criticado Israel por reagir aos ataques terroristas em defesa de sua população – ainda há cerca de 240 cidadãos israelenses reféns do Hamas.