A jornalista brasileira Patrícia Lélis, que responde nos Estados Unidos a um processo por supostas fraudes no país, contestou a versão do governo americano sobre o caso. Em uma longa mensagem na rede social X publicada na noite de terça (16), ela diz que o governo norte-americano “tem a versão deles, eu tenho a minha que inclui e-mails, fotos, vídeos e ligações”.
“Vocês acham que internet é feita pra ser tribunal, e não é assim que as coisas funcionam”, disse emendando que está “protegida em outro país” e que entregou os documentos que tem para ser “representada por um dos melhores advogados do país”, sem citar qual.
Patrícia é considerada foragida pelo FBI por supostamente ter se passado por advogada especialista em imigração ao prometer conseguir vistos de permanência E-2 e EB-5 que garantem residência no país. Segundo a denúncia, o esquema teria sido realizado de setembro de 2021 a julho de 2023.
Ela, no entanto, afirma ser “vítima” de perseguição por parte do governo dos Estados Unidos. A publicação de Patrícia no X nesta terça (16) foi contestada por leitores e recebeu uma marcação da rede social. Uma das alegações aponta que a jornalista foi diagnosticada como “mitomaníaca” em 2016 em um laudo psicológico.
Na época, ela era estudante de direito e foi indiciada por denunciação caluniosa e extorsão no caso em que acusou um assessor do então deputado federal Marco Feliciano (na época no PSC-SP) de sequestro, cárcere privado e tentativa de estupro pelo parlamentar num hotel de São Paulo.
“Ela é mentirosa compulsiva”, disse o delegado Luiz Roberto Hellmeister na época.
Esta não é a primeira vez que a jornalista tem problemas com a Justiça norte-americana. Em 2019, segundo o site Arrests.org, Lélis foi detida por falsa acusação no estado da Virgínia.
Antes de entrar nos registros da polícia americana, Patrícia estampou as manchetes dos jornais brasileiros ao fazer graves acusações, sem provas, contra parlamentares.
Além da denúncia contra Feliciano, Patrícia também acusou o então presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), Pastor Everaldo (RJ), e o chefe do gabinete do deputado Feliciano, filiado ao PSC à época, de lhe oferecerem dinheiro para desistir das denúncias.
Em 2021, a jornalista passou a ser alvo de uma investigação do PT, partido ao qual era filiada, por postagens consideradas “transfóbicas” pela sigla. Lélis foi expulsa da legenda.
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