O ministro da Economia, Paulo Guedes, falou sobre a situação fiscal do Brasil em um painel no Fórum Econômico Mundial. O painel era destinado a discutir o panorama econômico na América Latina, e contou, também, com a presença de representantes da Argentina e do México.
Em sua primeira intervenção, Guedes atribuiu a situação fiscal do país a um longo histórico de aumento no gasto público, endividamento, burocracia e um sistema tributário ineficiente. O ministro mencionou o crescimento da dívida ao longo do período militar, mas deu mais peso nas críticas às gestões petistas. "Nos últimos anos, vimos um aumento incontrolável do gasto público e da corrupção, com estagnação econômica", pontuou.
Em seguida, o ministro comparou a economia brasileira a uma baleia, que estaria, há anos, sendo atacada com arpões. Segundo ele, o governo de Jair Bolsonaro estaria retirando esses arpões, para evitar que a baleia morra.
Na visão de Guedes, esse resgate da economia está sendo realizado por meio de três eixos principais: a reforma da Previdência – que, segundo ele, atacou a"fábrica de privilégios" das aposentadorias dos servidores públicos; a diminuição do endividamento, por meio do controle dos gastos públicos; e a criação do estado de emergência fiscal – chamado por ele de "shutdown" à brasileira – para controlar o gasto com a folha de pagamento do governo.
No último ponto, o ministro se referia à proposta de emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que prevê uma série de medidas de contenção de gastos para situações de crise fiscal (na qual o governo federal já se enquadraria). A matéria, porém, ainda depende da aprovação do Congresso Nacional.
Ao final do painel, o ministro aproveitou para citar mais alguns programas implementados pelo governo no primeiro ano de gestão, como a lei de Liberdade Econômica e o programa do Emprego Verde Amarelo.
Em outro painel, ministro tratou de criação de empregos e equilíbrio com preservação ambiental
Essa foi a segunda participação de Guedes em um painel do Fórum Econômico Mundial. Mais cedo, em um painel a respeito do desenvolvimento da indústria, Guedes tratou da questão da preservação ambiental, um dos temas centrais do Fórum deste ano. Ele afirmou que o país busca um "equilíbrio delicado" entre a criação de empregos e a preocupação com o meio ambiente.
"O pior inimigo do meio ambiente é a pobreza. As pessoas destroem o meio ambiente porque precisam comer. São outras preocupações, diferentes daquelas das pessoas que já destruíram suas florestas", afirmou.
Guedes é o principal representante do governo brasileiro no evento, já que o presidente Jair Bolsonaro decidiu não comparecer ao Fórum.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF