O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (17) que há "jabutis" na PEC da reforma da Previdência. Ele disse que apresentou um texto exclusivamente técnico e outros artigos foram incluídos pelo time político do PSL.
Sobre a revogação da "PEC da bengala" (aposentadoria compulsória de ministros do STF aos 75 anos), incluído no texto da PEC da aposentadoria, Guedes afirmou que "pode ter sido um jabuti e que pode ser recuado". Ele deu entrevista ao programa de TV Central GloboNews.
No jargão adotado no Congresso, um tema sem pertinência com a matéria principal de um projeto costuma ser chamado de jabuti – alusão ao fato de que o animal não sobe em árvore sozinho, e se está lá é porque alguém colocou, por algum motivo.
Guedes afirmou que o próprio Marinho incluiu medidas na PEC que ele não concordava.
O 'jabuti' da aposentadoria compulsória dos ministros do STF é um dos candidatos a serem derrubados na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que volta a discutir a reforma da na próxima semana. Ou então na comissão especial, o passo seguinte da nova legislação.
O relator na CCJ, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG), havia recomendado a aprovação do texto do governo na íntegra, mas na quarta (17) recuou e já admite fazer um novo relatório, retirando pontos contestados pelo chamado Centrão.
Desidratação
Sobre a desidratação da PEC e a consequente queda na economia que ela representaria, Guedes afirmou que o "mercado está errado". "Conta cada um faz a sua. Vamos economizar mais de R$ 1 trilhão", disse.
"Se vier uma reforma menor e uma economia de R$ 500 mil [R$ 500 bilhões] ou R$ 600 mil [R$ 600 bilhões], vai ser uma reforma à la Temer", disse, em referência à proposta apresentada pelo governo anterior, que foi desidratada na comissão especial da Câmara e nem chegou a ser votada em Plenário.
Guedes afirmou que se isso acontecer não haverá o sistema de capitalização e o problema da Previdência voltará no próximo governo.
O ministro afirmou que o "Brasil economicamente é um desastre e isso foi construído ao longo de 30 anos".
Ele defende que com a reforma, haverá retomada do crescimento. "Com a reforma aprovada no primeiro semestre, de julho pra frente, [o país] já começa a crescer 3%."
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