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O delegado Paulo Maiurino, novo diretor-geral da Polícia Federal, tem no papel 22 anos de carreira na PF, embora tenha passado metade desse tempo longe da corporação. De perfil mais político do que técnico, ele ingressou nos quadros da polícia via concurso em 1998. De acordo com currículo divulgado pela PF, Maiurino é graduado em Direito pela Faculdade de Direito de Marília — Fundação Eurípedes Soares da Rocha —, e tem pós-graduação pela Universidade de Virgínia (EUA) e pela Academia Nacional de Polícia.
Antes de ser escolhido pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para assumir a chefia da Polícia Federal, Paulo Gustavo Maiurino desempenhava desde setembro de 2020 a função de assessor especial do presidente do Conselho da Justiça Federal. Atualmente quem preside o conselho é o ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No ano anterior, ele foi secretário de Segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) na gestão do então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Foi ainda membro do Conselho de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro no mesmo período.
De 2016 a 2018, Maiurino foi secretário de Esporte, Lazer e Juventude e subsecretário de Segurança Pública no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo.
No fim do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e início da gestão de Dilma Rousseff (PT), Maiurino foi corregedor-geral do Ministério da Justiça. Ficou nesse cargo de 2010 a 2012. O delegado também foi assessor especial da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, entre 2014 e 2015, na gestão do governador petista Agnelo Queiroz.
Como membro da Polícia Federal, foi chefe da Interpol Brasil em 2009, após exercer cargos de chefia na direção-geral da PF, em Brasília, entre 2006 e 2008. Antes, em 2006, atuou no inquérito que investigou caixa 2 no PSDB de Minas Gerais, o chamado mensalão mineiro. A investigação resultou na condenação do ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo.
Paulo Maiurino vai substituir o delegado Rolando de Souza na direção-geral da PF, que ficou 11 meses no posto.