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PDT e PSB articulam federação por força no Congresso e dentro da esquerda
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.| Foto: Reprodução/Redes sociais.

O PDT e o PSB estão articulando desde novembro a formação de uma federação partidária. A união entre as legendas tem como objetivo o fortalecimento dos partidos dentro do Congresso Nacional, bem como dentro da esquerda, visando as eleições de 2024 e 2026.

A federação auxiliaria os partidos a dobrarem suas respectivas bases na Câmara dos Deputados. Juntos o PDT com 17 e o PSB com 14 teriam 31 parlamentares, sendo essa a segunda maior bancada de esquerda, atrás apenas dos 80 deputados da federação formada pelo PT, PV e PCdoB. Já no Senado, eles somariam quatro cadeiras.

Devido a polarização registrada nas últimas eleições devido ao embate presidencial entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), as bancadas de ambos os partidos sofreram baixas na Câmara dos Deputados. O PSB caiu de 32 parlamentares eleitos em 2018 para 14 em 2022, enquanto o PDT saiu de 28 para 17.

Aproximação entre os partidos começou nas eleições de 2020

As bases para a federação partidária entre PDT e PSB foram iniciadas nas eleições municipais de 2020. Juntos os partidos conseguiram eleger prefeito ou vice em quatro capitais brasileiras (todas na Região Nordeste): Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Maceió (AL) e Recife (PE).

Na época, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, mencionou que essa união era um indício para a formação de uma frente dentro da esquerda, "capaz de apresentar um projeto nacional, reconquistar direitos e recuperar a democracia no país".

O PDT chegou a negociar com o PSB apoio para a candidatura presidencial de Ciro Gomes (PDT), mas após Lula recuperar os direitos políticos e estar apto a disputar as eleições de 2022, a legenda comandada por Siqueira preferiu indicar Geraldo Alckmin (PSDB) como vice na chapa e formar aliança com o PT.

Partidos brigam por ministérios em comum na gestão Lula

Mesmo em negociações avançadas pela formação da federação, PDT e PSB também tem travado nos bastidores disputas por algumas pastas dentro da equipe ministerial do terceiro mandato de Lula.

Uma das disputas é pelo Ministério do Turismo. O atual líder da Oposição na Câmara dos Deputados, Wolney Queiroz (PDT-PE), é o principal articulador do partido dentro da equipe de transição e é apontado como favorito ao cargo, em detrimento do deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ).

A outra disputa deve ocorrer dentro do Ministério das Cidades. Enquanto o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB) é apontado como favorito, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e o deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) também são mencionados como postulantes ao cargo.

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