A plataforma informa que a conta de Rodrigo Constantino foi retida no Brasil em resposta a um pedido judicial.| Foto: Reprodução/X.
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A Gazeta do Povo errou ao informar que o perfil de Rodrigo Constantino foi derrubado no X nesta sexta-feira, 16 de agosto de 2024. A medida foi adotada em 30 de dezembro de 2022, após determinação do ministro Alexandre de Moraes para bloquear as contas do jornalista nas redes sociais. A matéria foi modificada às 19h30 desta sexta. Pedimos desculpas pelo erro.

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O X derrubou o perfil do jornalista Rodrigo Constantino em dezembro de 2022. A conta foi retida no Brasil em resposta a um pedido judicial. Constantino é alvo do inquérito das fake news, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Em 13 de agosto de 2024, o jornal Folha de S. Paulo revelou trocas de mensagens entre dois assessores do ministro sobre a produção de relatórios a partir do setor de combate à desinformação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões no âmbito do inquérito das fake news no STF.

Na ocasião, antes e após as eleições de 2022, Moraes era o presidente da Corte eleitoral. Constantino foi um dos alvos de pedidos de monitoramento e produção de relatórios.

Além das mensagens reveladas pela Folha, o próprio X divulgou ordens sigilosas expedidas por Moraes, ordenando o bloqueio de perfis de usuários que moram no Brasil, Argentina e Estados Unidos.

Pedidos informais à Justiça Eleitoral

Trocas de mensagens entre servidores do STF e do TSE, obtidas pela Folha de S. Paulo, mostraram que o gabinete de Alexandre de Moraes teria ordenado informalmente à Justiça Eleitoral a produção de relatórios contra apoiadores de Bolsonaro e comentaristas de direita para embasar decisões do ministro em inquéritos em andamento na Corte.

A troca de mensagens sugere que houve supostamente adulteração de documentos, prática de pesca probatória, abuso de autoridade e possíveis fraudes de provas. Os alvos escolhidos sofreram bloqueios de redes sociais, apreensão de passaportes, intimações para depoimento à PF, entre outras medidas. Todos os pedidos para investigação e produção de relatórios eram feitos via WhatsApp, sem registros formais.

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As conversas vazadas envolveram Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes no STF, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes durante sua presidência no TSE, e Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), órgão que era subordinado a Moraes na corte eleitoral.

As mensagens e áudios ocorreram entre agosto de 2022 e maio de 2023 e mostram perseguição aos jornalistas Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, à Revista Oeste, ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), entre outros nomes de direita.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]