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Operação contra Bolsonaro

“Perseguição a Bolsonaro”: oposição critica operação da PF contra ex-presidente e aliados

O passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro foi recolhido a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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Deputados e senadores da oposição ao governo classificaram a Operação da Polícia Federal Tempus Veritatis, que tem como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados, como perseguição política. Em sua conta no X, o deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) afirmou que a operação foi deflagrada apenas 24 horas após Bolsonaro ser recebido por milhares de pessoas em São Sebastião, no litoral de São Paulo.

Ao comentar a operação da Polícia Federal, o deputado Messias Donato (Republicanos-ES) afirmou que "segue a busca implacável para intimidar a oposição" e desejou força ao ex-presidente. “Bolsonaro também foi alvo da perseguição. Seja forte, meu presidente @jairbolsonaro! O medo de sua popularidade está evidente. Primeiro foi após uma live de muito sucesso. Agora, após uma manifestação pacífica lotada de patriotas. A democracia relativa segue a todo vapor.”

Na mesma linha, a deputada Carla Zambelli afirmou que 24h após uma linda demonstração de apoio popular, o ex-presidente e seus aliados foram alvos de mandados. O filho do ex-presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) listou as datas de eventos realizados pelos Bolsonaro e das ações da Polícia Federal consecutivamente. Ele ainda disse que a “política no Brasil é feita no supremo tribunal federal”.

No dia 29 de janeiro, o filho 02 do ex-presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), foi alvo da Operação Vigilância Aproximada por suspeita de ter recebido dados coletados ilegalmente pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos locais das buscas foi o gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde foram apreendidos um computador e documentos. Na ocasião, o ex-presidente afirmou que querem tirá-lo de combate “à qualquer preço”.

A operação que mirou Carlos Bolsonaro foi a terceira contra um político de direita aliado ao ex-presidente realizada em menos de duas semanas. No dia 25 de janeiro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi alvo de uma ação que investigava seu envolvimento no caso da Abin.

A ação da PF contra o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), em 18 de janeiro, visou investigar se ele teria orientado caminhoneiros em protestos após o segundo turno da eleição presidencial de 2022. Tanto Ramagem quanto Jordy são pré-candidatos do PL às prefeituras do Rio de Janeiro e de Niterói, respectivamente.

Além de classificar a ação da PF como perseguição política, a deputada Carol de Toni (PL-SC) afirmou “a perseguição contra a direita não tem limites" e disse que, "depois de operações contra Carlos Jordy, Carlos Bolsonaro, a parte III da tentativa para incriminar Bolsonaro e aliados, por qualquer razão que seja, continua”.

Indignação sem surpresas

Ex-ministra do governo Bolsonaro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) externou seu sentimento de indignação, embora afirme que não está surpresa. “Sabemos como funciona o mecanismo. Muitos não acreditavam quando a gente falava e agora estão vendo tudo acontecer. Que Deus tenha misericórdia do nosso país”.

O deputado federal pelo PL de São Paulo Luiz Philippe de Orleans e Bragança também comentou sobre a popularidade incômoda do ex-presidente e de seus aliados em ano eleitoral. Segundo ele, “não existe razoabilidade e nem equilíbrio de Poderes” no Brasil. “Mais uma decisão monocrática com viés ideológico e político a poucos meses de eleições municipais. O arranjo político está a todo vapor”, comentou.

Já o ex-deputado Paulo Martins (PL-PR) publicou link para reportagem sobre a operação e disse que “a 'democracia' acordou com fome mais uma vez”. Maurício Marcon, deputado federal pelo Podemos do Rio Grande do Sul, também publicou imagem de reportagem da Operação de hoje com o comentário “Brazuela”, comparando a ação da PF à perseguição política praticada na Venezuela, pelo ditador Nicolás Maduro.

O presidente nacional do partido Novo, também classificou a Operação como perseguição política, ao questionar se existe “alguma outra democracia onde tantos políticos de oposição são perseguidos, intimidados, investigados, processados e presos como tem acontecido rotineiramente aqui?”

Segundo o deputado Coronel Meira (PL-PE), "o crime de Bolsonaro é arrastar multidões por onde passa, e a simples possibilidade de ele voltar a ser presidente assusta o SISTEMA! A democracia está sob grave risco".

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