O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), é o preferido dos apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) para concorrer à sucessão presidencial nas eleições de 2026. A preferência foi apontada pela pesquisa realizada pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da Universidade de São Paulo (USP) divulgada na segunda (26).
O levantamento foi realizado durante o ato convocado por Bolsonaro no último domingo (25), na Avenida Paulista, com 575 pessoas entrevistadas. A margem de erro do estudo é de 4 pontos porcentuais e confiança de 95%.
Segundo o levantamento, Freitas tem a preferência de 61% dos entrevistados caso Bolsonaro não concorra à eleição. Michelle Bolsonaro (PL) também é citada, assim como Romeu Zema (Novo-MG), que vem sendo citado desde o ano passado como uma possível força política nacional.
Veja abaixo a preferência dos eleitores entrevistados pelo Monitor e as alternativas apresentafas:
Pergunta: “Se Bolsonaro não puder ser candidato, qual dos nomes é o melhor para concorrer à Presidência da República?”
- Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP): 61%;
- Michelle Bolsonaro (PL): 19%;
- Romeu Zema (Novo-MG): 7%;
- Eduardo Bolsonaro (PL-SP): 1%;
- Damares Alves (Republicanos-DF): 1%;
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ): 1%;
- Walter Braga Netto (PL): 1%;
- Não soube responder: 6%;
- Nenhum candidato: 3%.
Os participantes da manifestação também foram questionados se Bolsonaro deveria lançar um candidato próprio para concorrer à prefeitura de São Paulo na eleição deste ano ou apoiar o atual prefeito. A maior parte deles foi na contramão da articulação que está sendo montada pelo PL, de apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB):
- Lançar um candidato: 47%;
- Apoiar Ricardo Nunes: 37%;
- Não soube responder: 15%.
A maioria dos entrevistados (66%) se declarou como morador da Grande São Paulo, de direita (92%) e com um perfil muito conservador (78%).
No último domingo (25), Bolsonaro levou à Paulista em torno de 750 mil pessoas em um ato em defesa do Estado Democrático de Direito e de si próprio das investigações de que teria envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Durante o ato, Bolsonaro afirmou que passou “quatro anos sendo perseguido”, e que essa perseguição aumentou desde que deixou a presidência. Ele mencionou a suposta minuta de um decreto para instituir o estado de sítio no país, mas ressaltou que para isso seria necessário convocar o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, algo que não fez.
Bolsonaro também expressou o desejo de “passar borracha no passado” e mencionou os recentes acontecimentos envolvendo investigações da Polícia Federal. Ele declarou que “golpe é tanque na rua” e pediu ao Congresso que aprove um projeto de anistia para perdoar os condenados pelos atentados à Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.
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