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Melhora na avaliação

Depois do Datafolha, pesquisa XP também mostra aumento na popularidade de Bolsonaro

Bolsonaro é recebido com festa no aeroporto de Aracaju nesta segunda-feira (17) para inauguração de uma termoelétrica: aprovação ao seu governo subiu de 30% para 37% em agosto.
Bolsonaro é recebido com festa no aeroporto de Aracaju nesta segunda-feira (17) para inauguração de uma termoelétrica: aprovação ao seu governo subiu de 30% para 37% em agosto. (Foto: Alan Santos/PR)

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A pesquisa XP/Ipespe realizada em agosto registrou o maior nível de aprovação do presidente Jair Bolsonaro desde março de 2019. Os que consideram o governo ótimo ou bom aumentaram de 30% no mês passado para 37% agora. A melhora na avaliação ocorre na esteira do pagamento do auxílio emergencial, benefício de R$ 600 a trabalhadores que perderem sua renda por causa da pandemia do novo coronavírus. A XP já apontava uma melhora na avaliação do presidente em julho.

Os que avaliam a gestão como ruim ou péssima caíram de 45% em julho para 37% agora, retornando ao patamar pré-pandemia — em fevereiro e março deste ano 36% consideravam o governo ruim ou péssimo. De acordo com o levantamento, a mudança na aprovação do presidente vem seguida de outros indicadores. Um deles é a expectativa dos entrevistados para as ações que serão realizadas no restante do mandato.

O otimismo em relação aos próximos anos do governo Bolsonaro cresceu de 33% para 37%, enquanto a avaliação negativa do que está por vir teve queda de 43% para 36%. Também existe entre os entrevistados uma boa percepção com relação ao plano econômico do governo: para 38% a economia está no rumo certo, antes 33% acreditavam nisso. Já os que veem a economia seguir o caminho errado caíram de 52% para 46%.

População que ganha até cinco salários mínimos pesou positivamente na avaliação

Segundo a XP, a melhora na avaliação do governo Bolsonaro vem principalmente das famílias que possuem uma renda familiar mensal de até cinco salários mínimos. É nesse estrato que estão concentrados a maioria dos brasileiros que requisitaram o auxílio emergencial.

A aprovação foi maior também entre as famílias mais pobres, com renda de até dois salários mínimos, pois passou de 28% para 34%. Aumento também sentido entre os que ganham de dois a cinco salários mínimos, 44% deles aprovam o governo, antes eram 32%.

Datafolha também apontou melhora na avaliação de Bolsonaro 

A pesquisa Datafolha divulgada quinta-feira (13) também apresentou um aumento do número de eleitores que consideram o mandato Bolsonaro como ótimo ou bom. No maior índice desde o início do mandato, Bolsonaro conseguiu emplacar 37% de aprovação. Já os eleitores que consideram a administração ruim ou péssima somam 34%.

Considerando pesquisas anteriores realizadas pelo Datafolha, o presidente só não tem popularidade superior à de Dilma Rousseff (PT) em agosto de 2012.

Na comparação apenas dos índices registrados nos primeiros mandatos de cada presidente e em períodos similares, Bolsonaro aparece tecnicamente empatado com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois em agosto de 2004, outra pesquisa do Datafolha mostrou que 35% dos respondentes avaliavam o governo do petista como ótimo ou bom.

Peso da pandemia na avaliação

A pesquisa mostra que 70% da população é favorável a continuidade do pagamento do benefício de R$ 600. Mesmo entre os que não recebem o auxílio emergencial, 64% consideram que o pagamento deve ser prorrogado, no mesmo valor.

O fator econômico é o fiel da balança na aprovação, já que 50% dos entrevistados em agosto consideram a atuação do presidente Bolsonaro para enfrentar o coronavírus ruim ou péssima, em maio eram 58% de insatisfeitos.

Apesar da melhora, neste quesito o presidente ainda fica atrás dos governadores. Considerando apenas o mês de agosto, 38% da população considera ótima ou boa a atuação do governador de seu estado e 24% dos entrevistados tem o mesmo sentimento por Bolsonaro.

Foram realizadas 1.000 entrevistas de amostragem nacional nos dias 13, 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

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