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"Solidários"

Petistas saem em defesa de Janones, após áudio vazado sobre suposta “rachadinha”

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.)

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A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), defendeu o deputado André Janones (Avante-MG) após ele ser acusado por ex-assessores de suposta prática de “rachadinha”. Em áudios atribuídos ao parlamentar, ele cobra a devolução de parte dos salários de então servidores de seu gabinete para ajudá-lo a cobrir gastos de campanha eleitoral. As denúncias foram divulgadas nesta semana pelo portal Metrópoles. Para Gleisi, Janones é alvo “da extrema-direita” por sua atuação política.

“A extrema-direita não perdoa o André Janones por sua atuação política. Janones tem todo direito de se defender das acusações lançadas contra ele. Quem tem histórico de rachadinhas, fake news e desvio de dinheiro público são os que hoje atacam o deputado. Estamos solidários com ele na evidência da verdade”, disse a deputada na rede social X na terça-feira (28).

Após a divulgação dos áudios, Janones chamou as acusações de “fake news” e culpou a “extrema-direita”. “Hoje saiu uma matéria, que está sendo espalhada pela extrema-direita, que me acusa de rachadinha, coisa que eu nunca fiz. Para isso eles usaram uma gravação clandestina e criminosa, um áudio retirado de contexto e para tentar me imputar um crime que eu jamais cometi”, disse o parlamentar.

O deputado Rogério Correia (PT-MG) reforçou o apoio de Gleisi ao colega. “Reitero as palavras de nossa presidenta Gleisi e me solidarizo com o deputado André Janones, que tem feito sua defesa contra os ataques dos bolsonaristas. Fica claro o interesse de apenas desgastar quem os denuncia e não de buscar a verdade”, afirmou Correia nesta quarta-feira (29).

Em entrevista ao jornal O Globo, os ex-assessores Cefas Luiz Paulino e Fabrício Ferreira de Oliveira disseram que a prática "rachadinha" no gabinete de Janones chegava a 60% dos vencimentos e envolvia até mesmo o 13º salário. “O primeiro pedido ocorreu em 5 de fevereiro de 2019, assim que ele se elegeu pela primeira vez. Depois disso, todos passaram a repassar um percentual de seus salários em dinheiro vivo, ninguém fazia transferência bancária para a Leandra. Quem ganhava menos também doava, era uma contribuição proporcional, inclusive em cima do 13º salário de cada um”, afirmou Paulino.

Leandra Guedes (Avante) é atual prefeita de Ituiutaba (MG) e ex-assessora do parlamentar. A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara aprovou, nesta quarta, um requerimento do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para que o colegiado ouça os ex-assessores sobre as recentes denúncias de “rachadinha” no gabinete de Janones. Além disso, o deputado foi denunciado pela oposição na Procuradoria-Geral da República (PGR) por crime de improbidade administrativa e teve um pedido de cassação encaminhado para o Conselho de Ética da Casa.

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