O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, negou neste fim de semana que esteja em crise com o governo por conta da exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, no Amapá, e de cobranças do Ministério de Minas e Energia para aumentar a produção de gás natural.
Prates diz que há uma “campanha de desestabilização da atual gestão da Petrobras” e que estaria recebendo críticas por não ser mais enfático o suficiente para conseguir a liberação da perfuração neste trecho da Margem Equatorial.
“Como em outros assuntos, tentam criar crises onde não há. O projeto vem sendo enfática e diligentemente defendido nos devidos fóruns e instâncias. E perante a opinião pública também nos posicionamos muito claramente desde abril”, disse Prates nas redes sociais.
De acordo com ele, a condução de um pedido de licenciamento para a perfuração do poço na foz do Amazonas “requer muita responsabilidade e, sobretudo, respeito aos órgãos ambientais envolvidos (federal e estaduais), às comunidades e aos governos locais”.
A perfuração é tida como um dos principais objetivos da Petrobras no plano estratégico até 2027, com recursos destinados à exploração de toda a Margem Equatorial na ordem de R$ 13 bilhões para a perfuração de 16 poços. A companhia vem reafirmando constantemente a capacidade de operar essas jazidas com segurança e sem riscos de eventuais vazamentos que poderiam afetar a fauna da região.
A Petrobras afirma que o local a ser perfurado fica a 560 quilômetros de distância do local.
“A campanha exploratória proposta pela Petrobras para a Margem Equatorial começa por um conjunto de poços investigativos em fila. Uma mesma sonda deverá perfura-los à medida que cada licenciamento for sendo concluído”, afirmou Prates.
Ainda segundo ele, a exploração em toda a Margem Equatorial brasileira “será importante para a reposição de nossas reservas que nos levarão a financiar a transição energética. Nenhuma outra operadora de petróleo e gás do mundo está mais capacitada a perfurar em águas profundas e ultraprofundas o litoral norte do nosso País, de forma social e ambientalmente comprometida com o presente e o futuro das comunidades e populações do Norte e do Nordeste”.
Em um comunicado recente, o diretor de exploração e produção da estatal, Joelson Mendes, afirmou que a exploração nessa região do país será necessária para compensar o esgotamento do pré-sal na região Sudeste do país, que “vai chegar ao seu pico ao redor de 2030, 2032, e para a segurança energética brasileira”.
“Para que nós, como companhia, consigamos sobrevivendo como empresa de exploração de petróleo, a gente precisa de novas fronteiras exploratórias, por isso todo o nosso esforço de levar as melhores técnicas e toda a nossa história como empresa que cuida das pessoas, do meio ambiente e da sociedade, para que a gente consiga ter a licença para perfurar na Margem Equatorial”, completou.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Governo Lula impulsiona lobby pró-aborto longe dos holofotes
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião