A Polícia Federal investiga o uso indevido dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a ser cadastrado no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões (BNMP) do CNJ. De acordo com informações publicadas pela CNN Brasil, inicialmente, três hipóteses para o caso são investigadas: má-fé por parte do usuário que colocou o “documento” no BNMP, que a credencial dessa pessoa tenha sido roubada ou então que ela tenha sido clonada.
A primeira suspeita era de que tivesse ocorrido um ataque hacker, mas depois o CNJ confirmou ao Metrópoles que o ato foi feito por um "usuário regularmente cadastrado no sistema", o qual foi o responsável pelo mandado de prisão falso.
Imagens do "documento" falso foram publicadas pelo Metrópoles. Em tom irônico, o texto dizia que o próprio ministro determinava a sua prisão e também a punição em razão de “todos os inquéritos de censura e perseguição política”.
A Corregedoria Nacional de Justiça do CNJ também abriu processo para investigar o caso e ela será conduzida pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. No Pedido de Providências, o CNJ informou que “nada obstante o documento revele conteúdo ideologicamente falso, trata-se de fato que atenta contra a autoridade de Ministro da Corte Suprema, além da possível violação das barreiras de segurança de relevante sistema informático do Poder Judiciário, auxiliar das autoridades judiciárias da justiça criminal na gestão da expedição dos mandados de prisão e dos alvarás de soltura em todo o território nacional”. Esse trecho do pedido foi publicado pelo CNJ em seu site na quinta-feira (5).
Após o ocorrido, o acesso ao sistema chegou a ser restringido. Mas o CNJ informou na quinta que todos os serviços fornecidos pelo BNMP já tinham sido restabelecidos.
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