![](https://media.gazetadopovo.com.br/2025/01/29194540/LEWANDOWSKI-PF.jpg.webp)
Ouça este conteúdo
O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou nesta quarta-feira (29) que a Polícia Federal (PF) impôs prejuízo de R$ 5,6 bilhões a facções criminosas no ano passado. O valor representa um aumento de 70% em relação ao ano anterior, quando o dano à criminalidade foi de R$ 3,3 bilhões, segundo informações da pasta. Os resultados da atuação da foram apresentados pelo ministro Ricardo Lewandowski, em cerimônia no Palácio da Justiça, em Brasília (DF).
Lewandowski destacou o êxito das operações e o impacto direto na redução da capacidade de ação de facções criminosas no país. “Eles são resultado de um trabalho incansável, que se propõe não só ao combate ostensivo ao crime organizado, mas também à desarticulação das estruturas financeiras dessas organizações”, disse.
O ministro também atribuiu o avanço das ações da PF ao “amadurecimento institucional” e ao “elevado grau de profissionalismo, mesmo diante de situações extremamente desafiadoras”.
“Em um contexto no qual muitos ainda flertam com o autoritarismo, a Polícia Federal tem sido uma das principais responsáveis pela preservação do nosso Estado Democrático de Direito, com a devida imparcialidade e estrito respeito à Constituição”, declarou o ministro.
Na sequência, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, os objetivos estratégicos para os próximos anos. “Enfrentar a criminalidade com eficiência; servir a sociedade com excelência e transparência; transformar a Polícia Federal em uma instituição orientada pela estratégia e governança; e formar a polícia do futuro, moderna e inovadora”, elencou.
Como parte das ações da PF,, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) realizou 222 operações e conseguiu a descapitalização de R$ 388 milhões de grupos criminosos. Ao todo, 1.032 pessoas foram presas e 1.907 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A estrutura de investigação também cresceu: o número de bases da Ficco passou de 27, em 2023, para 33, em 2024.
O tempo médio para a conclusão de inquéritos policiais caiu de 621 para 461 dias, uma redução de 26%. Houve ainda um aumento de 9% no número de inquéritos instaurados e um crescimento de 14% no volume de pessoas indiciadas.
Recordes na apreensão de drogas e armas
A PF informou que o combate ao tráfico de drogas foi intensificado no ano passado. A erradicação de plantações de maconha registrou um aumento de 76%, totalizando 737.950 pés destruídos. Além disso, as apreensões da droga cresceram 15%, atingindo 479,1 toneladas.
A retirada de ecstasy de circulação teve um crescimento de 20,7% e um total de 607.886 comprimidos apreendidos. Já no caso da cocaína foram apreendidas 74,5 toneladas da droga, um aumento de 2,8% em relação ao ano anterior.
As ações de fiscalização sobre armas aumentaram no governo do presidente Lula, no ano passado, houve uma redução em 30% a emissão de portes de armas. Paralelamente, houve uma queda de 40,8% nas apreensões de armamentos, totalizando 2.741 unidades retiradas das ruas. No entanto, a apreensão de munições cresceu 9,7%, alcançando 220.082 unidades.
Na área ambiental, a PF informou que a área devastada caiu 30%, reduzindo de 16,5 mil km² para 11,5 mil km² em 2024. Como parte do Programa Amazônia Mais Segura (AMAS), foram investidos R$ 151 milhões para fortalecer as operações da PF, incluindo a aquisição de helicópteros e lanchas para ampliar a fiscalização.