Governador é suspeito de participar de um esquema de desvio de verbas quando era vereador e vice-governador.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O governador Cláudio Castro (PL-RJ), do Rio de Janeiro, foi indiciado nesta terça (30) pela Polícia Federal por suspeita de ligação em um esquema de fraudes em programas assistenciais do estado em mandatos anteriores ao atual.

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De acordo com a apuração do UOL e da GloboNews, o indiciamento ocorre no âmbito da investigação que levou à Operação Sétimo Mandamento, deflagrada no final do ano passado e que mirou também o irmão de criação de Castro, Vinícius Sarciá Rocha. A Gazeta do Povo procurou a Polícia Federal e aguarda retorno.

Cláudio Castro é investigado por suposto envolvimento no esquema quando ocupada os cargos de vereador e de vice-governador do Rio, e indiciado agora pelos crimes de corrupção passiva e peculato. A defesa dele disse à Gazeta do Povo que pedirá na Justiça a nulidade do relatório da PF e que "em todos esses anos, o governador sequer ter sido convocado a prestar qualquer esclarecimento sobre os fatos".

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A investigação da Polícia Federal que levou à operação apontou irregularidades na execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel entre os anos de 2017 e 2020.

“A organização criminosa penetrou nos setores públicos assistenciais sociais no âmbito do estado do Rio de Janeiro e realizou fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas públicas e pagamentos de ‘propinas’ aos envolvidos nos esquemas criminosos”, disse a PF na época.

A PF apurou que havia o pagamento de propina entre 5% e 25% dos valores dos contratos, que totalizam mais de R$ 70 milhões. As investigações foram conduzidas em segredo de Justiça e contaram com a quebra dos sigilos bancário e telefônico de Castro.

Ainda segundo a defesa de Cláudio Castro, as informações que sustentam a investigação "são infundadas" e a defesa reitera que "tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, em documentos que estão sob segredo de Justiça e continuam a serem vazados, o que vem sendo contestado junto aos Tribunais Superiores em razão de sua absoluta inconsistência".

"O governador confia na Justiça e está seguro de que tudo será esclarecido até o fim do processo legal", completou.

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Na época da operação, a defesa do governador afirmou que a investigação “não traz nenhum novo elemento à investigação que já transcorre desde 2019” e que “reitera a confiança plena na Justiça brasileira”.

“Só o fato de haver medidas cautelares, quatro anos depois, reforça o que o governador Cláudio Castro vem dizendo há anos, ou seja, que não há nada contra ele, nenhuma prova, e que tudo se resume a uma delação criminosa, de um réu confesso, a qual vem sendo contestada judicialmente”, completou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]