O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi intimado, na tarde desta terça-feira (22), a prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na investigação sobre o grupo de empresários que supostamente discutia atos antidemocráticos pelo WhatsApp. A oitiva, agendada para o dia 31 de agosto, está ligada a conversas do ex-presidente com um dos empresários em que Bolsonaro supostamente teria compartilhado uma notícia falsa sobre o processo eleitoral brasileiro.
Este será o quinto depoimento à PF de Bolsonaro, que já foi ouvido em investigações sobre as joias recebidas de presente pelo governo da Arábia Saudita, os atos de 8 de janeiro, a suposta fraude no cartão de vacinação contra a Covid-19 e também na apuração envolvendo o senador Marcos do Val (Podemos-ES).
A investigação em questão, que foi arquivada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (21), apurava um grupo de seis empresários que foi alvo de mandados de busca e apreensão há um ano por trocar mensagens supostamente defendendo um golpe de estado.
Dos seis empresários, Moraes manteve as apurações contra dois: Meyer Nigri, por causa de mensagens trocadas com Bolsonaro; e Luciano Hang, porque se recusou a fornecer senhas de desbloqueio de seus celulares – a PF ainda tenta extrair o conteúdo dos aparelhos, que permanecem apreendidos.
A defesa do ex-presidente foi procurada pela Gazeta do Povo, mas não retornou os contatos da reportagem. Já a PF informou que “não se manifesta sobre investigações em andamento nem divulga informações sobre eventuais depoimentos”.
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