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Contratos "fraudulentos"

PF investiga prefeitura de irmã de ministro de Lula por suspeita de desvios na saúde

Luanna Rezende, irmã do ministro Juscelino Filho, também foi alvo de operação da PF por suspeita de desvio de verbas da Codevasf no Maranhão. (Foto: Reprodução/ Redes sociais)

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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (18) uma operação contra a Prefeitura de Vitorino Freire, no Maranhão, comandada pela prefeita Luanna Rezende (União), irmã de Juscelino Filho (União), ministro das Comunicações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)..

A operação ocorreu para apurar supostos desvios de recursos públicos destinados à área da saúde. Segundo as investigações, uma organização criminosa agia para obter aumento dos repasses federais oriundos de emendas parlamentares.

A Operação Hygeia, comandada pela PF, identificou que o grupo atuava inserindo dados falsos em sistemas do Ministério da Saúde. “Com a fraude, a produção ambulatorial do município alcançou o valor per capita de 1.057 reais, enquanto a média nacional foi de apenas 164,77 reais. Tal discrepância foi ocasionada, principalmente, pelo registro de 800.408 consultas médicas somente no ano de 2021”, afirmou a Polícia Federal em comunicado.

Uma auditoria realizada pela Controladoria Geral da União (CGU) apontou que a maior parte dos valores das emendas era destinada a um contrato fraudulento estabelecido por um empresário e um servidor da Secretaria Municipal da Saúde do município. De acordo com a PF, a fraude tinha o objetivo de “promover a frustração do caráter competitivo de certame” e superfaturar os serviços.

Com a operação em andamento, a justiça determinou o bloqueio de bens e valores dos investigados até R$ 4,6 milhões e a suspensão do exercício de função pública do servidor.

Ao ser questionado sobre a operação contra a irmã do ministro, o Ministério das Comunicações informou que a operação da PF "não envolve o ministro" e que a "maior prova disso é que o caso tramita em primeira instância".

"A execução das emendas parlamentares destinadas é de responsabilidade de terceiros e todas as suas indicações sempre prezaram pela transparência e benefício à população. Qualquer tentativa de ligá-lo a esta apuração é um erro", diz a pasta em nota enviada à imprensa.

Em setembro do ano passado, a irmã do ministro também foi alvo de uma operação da PF que apura fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro de verbas federais encaminhadas à Codevasf, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba. Na época, ela chegou a ser afastada do cargo. Porém, a decisão foi revogada dias depois pelo ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

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